Nota da embaixada chinesa é ‘gota que transbordou o copo’, diz ex-ministro da Fazenda…

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Para o diplomata Rubens Ricupero, posicionamento do país asiático deve ser entendido como uma grande divergência diplomática

O posicionamento da embaixada chinesa após as acusações de espionagem feitas pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, ao país, deve ser entendida como uma grande – e surpreendente – divergência. A avaliação é do diplomata e ex-ministro da Fazenda Rubens Ricupero. O jurista destaca que não há, em sua longa experiência, episódios diplomáticos semelhantes ao acontecido e avalia as graves consequências que uma possível ruptura com o país asiático traria para a economia brasileira. “Deveria tomar muito a séria a advertência que cedo ou tarde a China vai reagir com alguma coisa forte. Se reagir com uma medida forte, o Brasil vai ficar muito mal, porque o que salva o balanço de pagamentos e o nosso comércio externo é a China. Exportamos 35% de tudo que vendemos para a China. A cada dólar que exportamos para os Estados Unidos, exportamos 3,4 dólares para os chineses. Então o governo está brincando com fogo”, avalia.

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