MP-GO irá pedir prisão de secretária de Saúde de Ceres, diz promotor…

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Órgão investiga supostos casos de “fura fila” na vacinação contra Covid-19

A investigação sobre supostos casos de “fura fila” na vacinação contra Covid-19 em Ceres continua. O Ministério Público de Goiás (MP-GO) afirmou que pretende pedir a prisão preventiva da secretária de Saúde, Marjuery Seabra de Brito, e da coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Heloísa Lago, caso elas não sejam afastadas de seus cargos. A suspeita do órgão é que ambas estão destruindo provas para encobrir irregularidades na imunização da população.

O promotor de justiça responsável pelo caso, Marcos Alberto Rios, disse ao Mais Goiás que a suspeita é que cerca de 20 pessoas teriam furado a fila da vacinação na cidade. O esquema teria sido feito através de suposta fraude nas listas de funcionários de unidades de saúde da cidade. As provas mostravam que famílias inteiras mentiram ser funcionárias em hospitais em que parentes trabalham para furar a fila da vacina contra a Covid-19.

“Ceres é uma cidade pequena, aqui todo mundo conhece todo mundo. As pessoas começaram a tirar fotos e postar nas redes sociais. Pessoas da elite, da alta sociedade e que nem moram aqui. Há um caso de um médico que mora numa cidade a 320 km que foi vacinado. Essas 20 pessoas tiraram as vacinas de 20 velhinhos e colocaram a vida deles em risco”, disse Marcos.

O promotor já enviou recomendação à prefeitura pedindo o afastamento das duas agentes públicas e afirmou que o documento foi recebido no dia 31 de março, mas que até agora não houve retorno. Ele ressaltou que recebeu três listas diferentes de vacinação do poder público e que esse é um indício de que os dados estão sendo maquiados.

“Estão deturpando, dissimulando e maquiando as provas”, disse Marcos. “Nós já encaminhamos uma recomendação ao prefeito para que ambas sejam afastadas e o prazo vence hoje (6). Se ele não cumprir, vamos solicitar à justiça a prisão preventiva das duas. Quando a pessoa começa a destruir provas par impedir o investigador de chegar à conclusão, ela fere o artigo 312 do Código de Processo Penal”.

Por meio da assessoria de comunicação, a prefeitura de Ceres informou que não vai se pronunciar sobre o assunto.

Por Mais Goiás

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