Márcia Zaccarelli Bernaseti foi denunciada pelos crimes de homicídio triplamente qualificado
O promotor de Justiça Maurício Gonçalves de Camargo ofereceu denúncia contra Márcia Zaccarelli Bernaseti pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, também com os agravantes de ter sido cometido contra descendente e menor de 14 anos, e de ocultação de cadáver, praticados contra a filha em 2011, em Goiânia.
Segundo o inquérito, Márcia matou uma menina recém-nascida, numa praça, nas proximidades do Supermercado Moreira, no Setor Coimbra, em Goiânia, no dia 17 de março de 2011. A investigação concluiu que a mãe matou a criança mediante asfixia, tampando-lhe o nariz e, em seguida, colocou o corpo dentro de uma bolsa e o levou para o apartamento onde morava, no Setor Bueno.
Em casa, Márcia envolveu o corpo com pano e plástico, depois o colocou em uma caixa de papelão e o escondeu no escaninho de seu apartamento, ocultando-o até a data em que foi descoberto, no dia 9 de agosto deste ano.
De acordo com o promotor, a denunciada casou em 2007 e se separou do marido em 2015. Neste período ela teve uma relação extraconjugal e acabou engravidando. Por estar casada, ela resolveu esconder a gestação dele e de todas as pessoas de seu convívio. No dia 15 de março de 2011, ela começou a sentir contrações e ligou para um amigo revelando a situação, inclusive, que ninguém sabia da gravidez. A ele, Márcia disse que não queira ser atendida pelo plano de saúde e que não tinha dinheiro para pagar o parto. Sensibilizado, o amigo a levou de carro ao Hospital São Domingos, no Setor Bueno, e emprestou-lhe R$ 3 mil para pagamento das despesas. Às 14h31 daquele mesmo dia ela, deu à luz uma menina.
Como ela não havia providenciado enxoval, o amigo foi à uma loja próxima e comprou algumas peças de roupa e, depois de ter a notícia do nascimento da criança e que ambas estavam bem, ele foi embora e não teve mais contato com Márcia. No dia 17, depois de ser liberada no hospital, a denunciada tomou um táxi e foi com a filha para uma praça nas proximidades do Supermercado Moreira, no Setor Coimbra.
Em depoimento, ela disse ter andado um pouco pela praça e resolvido tapar o nariz da filha, asfixiando-a até a morte. Depois colocou o corpo dentro de uma bolsa e o levou para casa. O corpo foi envolto em pano e plástico e escondido no escaninho até ser descoberto pelo ex-marido. (Com informações da Assessoria de Comunicação Social do MP-GO)