A Argentina venceu o Brasil neste sábado (10.jul.2021) por 1 a 0 e foi campeã da Copa América 2021. O jogo foi realizado no Rio de Janeiro, no Estádio do Maracanã.
O único gol da partida foi feito por Di Maria no primeiro tempo. O Brasil chegou a ter 3 boas oportunidades de empate no segundo tempo com Richarlison e Gabigol, mas não conseguiu marcar.
Essa é a 15ª Copa América vencida pela Argentina, que enfrentava um jejum de 28 anos –a última vez que venceu o torneio foi em 1993. Já o Brasil, atual campeão, venceu 9 vezes. A última edição do torneio foi em 2019, quando a seleção brasileira bateu o Peru por 3 a 1.
A abertura da Copa América ocorreu no dia 13 de junho, em Brasília. Na ocasião, o Brasil venceu a Venezuela por 3 a 0, com gols de Marquinhos, Neymar e Gabigol.
Na semifinal, venceu o Peru, com gol de Lucas Paquetá. Já a Argentina venceu a Colômbia nos pênaltis.
No templo do futebol mundial, quem festejou hoje, dia 10 de julho de 2021, foi Lionel Messi e seus companheiros.
Depois de 28 anos, a Argentina voltou a ser campeã. E Messi conquistou, pela primeira vez, um campeonato por seu país.
Em um jogo de muita marcação, de lado a lado, um erro individual.
Aos 23 minutos do primeiro tempo, De Paul lançou do campo argentino para a ponta direita. A bola foi em direção de Renan Lodi. Mas, de maneira infantil, ele errou a bola. Ela se ofereceu ao habilidoso Di Maria.
Ele correu sozinho, livre. Diante do desesperado Ederson, tocou por cima, de forma belíssima, encobrindo o goleiro. A bola foi morrer no fundo da rede brasileira.
Argentina 1 a 0.
A decepção foi Neymar. O principal jogador brasileiro avisou nas redes sociais que “Neynight está on”. Algo juvenil avisando que estaria ‘ligado’. Não esteve.
Tite deu toda a liberdade ao seu camisa dez, dono de todas as faltas e pênaltis. E ele estava individualista, egocêntrico. Tratava de pegar a bola e baixar a cabeça, tentando driblar. Mas a marcação argentina estava muito bem feita. E ele nada fez de prático. A não ser prender a bola até tomar pontapés na intermediária.
A Argentina conseguiu.
Venceu.
Foi campeã depois de 28 anos.
No coração do grande rival.
Ao final da partida, Messi foi jogado ao alto para os companheiros.
Enquanto Neymar chorava, envergonhado.
A vitória foi do futebol coletivo.
Lionel Scaloni deu um banho em Tite.
Ele tratou de mudar seu time, de forma surpreendente.
Escalou Di Maria na direita, para explorar a fragilidade defensiva de Renan Lodi.
Tratou de montar seu time no 4-5-1. Travou o 4-3-3 fixo da Seleção. Com o absurdo de insistir colocar Everton Cebolinha, especialista na esquerda, atuando na direita. E também forçando o burocrático Fred e o instável Paquetá no meio de campo. Deixando o Brasil sem criatividade.
O peso nas costas de Neymar, colocado por Tite, é exagerado, estúpido. Os adversários com o mínimo de organização e consciência sabem o que vão acontecer. Ele sendo o centro de tudo. A dependência de todos os jogadores brasileiros é excessiva. Se as linhas forem muito bem organizadas, Neymar ficará isolado, marcado, anulado.
Messi também não foi bem indivualmente. Não houve marcação individual. Mas por setor. E quando a bola chegava no meia, tinha sempre jogador um jogador brasileiro perto. Com 34 anos, ele estava visivelmente cansado, desgastado por duas temporadas europeias que se acumularam, por conta da Covid.
De Paul foi o grande destaque na Seleção Argentina. Dominou a intermediária. Foi muito bem. Jogador de força, técnica e senso perfeito de marcação.
O Brasil foi tímido. Com seus laterais Danilo e Renan Lodi com medo de atacar. Deixando Richarlison e Everton Cebolinha abandonados. O Brasil foi muito impotente no ataque.
No segundo tempo, desesperado, Tite apelou para uma equipe que jamais treinou junto. Com Roberto Firmino, Vinicius Júnior e Gabigol juntos com os titulares. Uma bagunça, que só facilitou o trabalho argentino.
Ficou claro que o Brasil tem graves problemas para ser resolvido até a Copa do Mundo.
A Argentina, que não tinha nada a ver com isso, venceu.
Com todos os méritos, segurança, personalidade.
Outro Maracanazo para não ser esquecido.
Depois do uruguaio, agora, o argentino…