Cansada de esperar por uma cirurgia de emergência que foi adiada por duas semanas na ortopedia do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), que é público, a família do paciente Lukas Amorim, de 23 anos, vendeu a própria casa para custear o procedimento cirúrgico na rede particular.
De acordo com parentes, Lukas se machucou na tentativa de fugir de assaltantes em uma rua próxima à rodoviária do Plano Piloto, em Brasília, por volta de 0h30 do dia 15 de abril deste ano.
Três criminosos teriam abordado o rapaz, um deles com facão. Na fuga, Lukas caiu de um viaduto, fraturou o fêmur esquerdo, quebrou o ombro direito e teve os pertences levados. Ele foi resgatado por uma viatura da Polícia Militar do DF (PMDF), que passava no local na hora.
O jovem foi levado pela PMDF ao Hospital de Base e a cirurgia era urgente, em função do risco de diminuição da perna e de trombose. Foi por isso que a família vendeu a residência em que moram, no Gama. “Ele ficou no Base por duas semanas. O valor da cirurgia em um local particular estava em torno de R$ 31 mil”, disse a mãe ao Correio Braziliense.
O paciente foi transferido para uma clínica em Águas Claras e recebeu alta na sexta (29). Com a casa vendida, a família agora procura um lugar para morar de aluguel. Enquanto isso, Lukas vai se recuperar na casa da avó, em Taguatinga.
O que diz o Iges-DF
Responsável pela gestão do Hospital de Base, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) pontuou que existem 42 pacientes internados aos cuidados da ortopedia na emergência e mais outros 42 internados nas enfermarias, aguardando cirurgia.
O instituto ainda alegou que “as equipes da ortopedia operam ininterruptamente os pacientes da emergência, além de atender a fila regulada pela Secretaria de Saúde de cirurgias eletivas”. Sobre o paciente Lukas, que ficou na ortopedia do HBDF por duas semanas, o Iges, às 19h01, atualizou a nota afirmando que o jovem estava na lista para cirurgia, contudo deixou o Hospital de Base na tarde de quinta-feira (28/4). A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) trabalha para identificar os envolvimentos no assalto contra o jovem.
Por Mais Goiás