Objetivo é apurar se houve algum crime por parte do estudante de direito, que era intolerante à lactose, comeu lasanha e estrogonofe, e foi à casa dele buscar remédio. Novo júri acontecerá em novembro.
A Polícia Civil fez buscas nesta quinta-feira (28) na casa do jurado de 27 anos que passou mal, deixou o hotel em que estava isolado e causou a interrupção do julgamento do caso Valério Luiz. O objetivo da operação é apurar se houve algum crime por parte do estudante de direito. O radialista esportivo foi assassinado há dez anos, quando saia do trabalho.
O jurado era um dos sete escolhidos para julgar os cinco réus acusados de matar Valério Luiz, entre eles o dirigente do Atlético-GO Maurício Sampaio. Pelas regras, o jovem devia se manter isolado no hotel, sem contato com outras pessoas para não influenciar no processo.
O nome do investigado não foi divulgado e, com isso, o g1 não conseguiu contato com a defesa dele até a última atualização dessa reportagem.
Na noite do primeiro dia julgamento, o estudante, que disse ser intolerante a lactose, comeu lasanha e estrogonofe. Ele começou a passar mal no hotel e acabou indo até a casa dele. À Justiça, o jurado disse que foi buscar um remédio.
Como ele não tinha condições físicas de continuar no julgamento e também violou a ordem de se manter sem contato com outras pessoas, o júri foi interrompido no dia 14 de maio e remarcado para começar do zero, com outros jurados, em novembro.
Após a interrupção do júri, o juiz Lourival Machado da Costa mandou investigar a conduta do jurado. A Polícia Civil disse que apura o suposto crime de prevaricação. Nesta manhã, policiais apreenderam computadores, celular, pen drive e documentos na casa do jurado, na Vila Alpes.
Segundo a polícia, as investigações apuram as reais circunstâncias em que ocorreu a quebra da incomunicabilidade do jurado.