Queda no preço dos combustíveis provoca deflação em agosto

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Capital regista deflação de 1,12% no IPCA-15. Setor de transportes teve maior recuo, de 5,55%

Pesquisa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) divulgada nesta quarta-feira, 24, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que Goiânia registrou deflação de 1,12% no mês de agosto, o que significa uma queda nos preços de produtos e serviços de uma forma generalizada no período. A queda é a segunda do ano e a maior da série histórica do IBGE, influenciada pela recente redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações (ICMS) no estado.

A alíquota dos combustíveis, energia elétrica e serviços de telecomunicação foi reduzida de 25% para 17% no final de junho, quando o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) anunciou o atendimento às diretrizes da Lei Complementar 194/2022, sancionada pelo Governo Federal. No mês de julho, o Governo de Goiás reduziu para 14,17% a alíquota do etanol hidratado combustível.

O preço dos combustíveis interfere na cadeia de vários produtos, uma vez que a gasolina acaba servindo como componente importante na composição do preço. O setor de transportes teve o maior recuo entre os analisados, com deflação de 5,55%.

“A gente tinha um patamar de quase R$ 8 o litro da gasolina e hoje ela está abaixo dos R$ 5. Isso interfere na redução de custos de vários produtos, além do próprio grupo de transportes, que tem um peso grande na cesta de consumo das famílias goianas”, explica o economista Guilherme Resende, diretor-executivo do Instituto Mauro Borges (IMB).

O ICMS sobre a energia elétrica residencial também ajudou a derrubar o IPCA-15 na capital. A tarifa média caiu pela quarta vez seguida (6,1%), acumulando redução de 29% no ano e de 13,7% no período de 12 meses.

Em agosto do ano passado, Goiânia registrou inflação de 1,34%. Agora, o IPCA-15 na capital teve índice menor que o nacional, com deflação de 0,73% em agosto, após variação de 0,13% em julho. Foi a menor taxa registrada desde o início da série histórica, iniciada em novembro de 1991. No ano, o IPCA-15 nacional acumula alta de 5,02% e, em 12 meses, de 9,60%, abaixo dos 11,39% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

JO

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