Empresário, agropecuarista e liderança política, Tiago Dantas, o Tiago G10, foi presidente do Iporá Esporte Clube, time da cidade de Iporá. Neste domingo, 20, teve sua fotos vinculada ao programa do Fantástico como investigado em esquema de tráfico de drogas.
Tiago G-10 é investigado pela Polícia Federal. De acordo com a investigação, Tiago G-10 teve um súbito aumento de renda entre 2019 e 2021, saindo da condição de padeiro para uma vida de luxo, com viagens internacionais, carros e propriedades rurais que somam R$ 50 milhões.
O programa Fantástico da Rede Globo mostrou reportagem em que incluiu Tiago Dantas, conhecido como Tiago G10, como traficante e que está foragido.
Tiago é da região do Oeste Goiano, tendo já atuado na área política em Israelândia, chegou a ser cotado para se candidatar a deputado estadual, presidiu o Iporá Esporte Clube e se apresentava como da área do agronegócio.
A reportagem do Fantástico mostrou que se chegou a ele em uma grande investigação de tráfico de drogas com a prisão na Operação Balada do mineiro Marco Túlio Santos, o qual o citou como chefe de um esquema para abastecer o triângulo mineiro com drogas.
Tiago Dantas é citado como alguém que movimentou cinquenta milhões de reais em drogas. A reportagem relembrou que ele, antes de 2019, era padeiro, e que depois se tornou dono de muitos bens. Ele foi mostrado no Fantástico em cenas de ostentação financeira. A defesa de Tiago Dantas disse na reportagem que ele afirma não participar deste esquema de tráfico de drogas.
O que o Fantástico mostrou foi o resultado de uma investigação que revelou uma conexão entre a milícia do Rio de Janeiro e o tráfico de drogas no Triângulo Mineiro.
Só até setembro de 2022, quase 3 mil cargas foram levadas por criminosos no Rio de Janeiro. Esse cenário de violência tem outro lado criminoso. Segundo a Polícia Federal de Minas Gerais, as empresas eram praticamente forçadas a contratar o serviço de escolta armada. Caso contrário, seria grande o risco de roubo das mercadorias.
O policial militar Marcos Paulo Ferreira dos Santos é um dos líderes do esquema no Rio, segundo as investigações.
“Existe uma condicionante, caso não haja esse tipo de segurança, dificilmente essas cargas vão chegar ao seu destino final”, diz o delegado da PF Renato Beni da Silva.
Na hora de oferecer a escolta, Marcos Paulo usa a posição de policial militar como atrativo.
O sócio dele, segundo a investigação, é William de Oliveira Reis, que de acordo com a apuração, além de sócio do PM é ligado às milícias do Rio de Janeiro e ao esquema de contratação de escolta ilegal. William também tinha parceria com o crime organizado no Triângulo Mineiro.
A Polícia Federal apura o envolvimento de criminosos em pelo menos oito estados. A estimativa é de que a organização criminosa tenha movimentado mais de R$ 1 bilhão.
Por Fantástico