Indígenas furam bloqueio do STF em protesto por cacique; PM prende 10

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Um grupo de indígenas invadiu a marquise do STF (Supremo Tribunal Federal) para pedir a soltura do cacique José Acácio Tserere Xavante, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), preso por ordem do ministro Alexandre de Moraes devido a atos antidemocráticos.

Eles saltaram o primeiro alambrado que cerca a sede da Suprema Corte, mas não chegaram a invadir o prédio. 

Ao UOL, a PM (Polícia Militar) informou que a manifestação foi pacífica e começou por volta das 18h30. Os militares negociaram com os indígenas, que aceitaram deixar o local.

PM prendeu 10 pessoas poucas horas depois. Elas estavam próximas à sede do STF (Supremo Tribunal Federal) e foram levadas para averiguação no 5º DP (Delegacia de Polícia), na Asa Norte, em Brasília. Os suspeitos estavam com estilingues, bolinhas de gude, facas e rádio transmissores. Eles contaram que fariam um protesto no STF devido à manutenção da prisão do cacique.

Procurado por telefone e email, o STF ainda não se manifestou sobre o ocorrido até o momento.

O que você precisa saber? A prisão do cacique provocou uma série de ataques de extremistas bolsonaristas, que queimaram ônibus e carros no centro de Brasília no último dia 12.

O grupo também tentou invadir a sede da PF na capital, mas foram afastados pela Polícia Militar.

Por que o indígena foi detido? Serere foi preso por ordem do ministro Alexandre de Moraes por suspeita de ameaça de agressão e de perseguição contra o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A decisão atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República.

Segundo investigações da PF, Serere realizou manifestações de cunho antidemocrático em diversos locais da capital federal, como em frente ao Congresso Nacional, no Aeroporto Internacional de Brasília, no centro de compras Park Shopping, na Esplanada dos Ministérios e em frente ao hotel onde estão hospedados o presidente e o vice-presidente da República eleitos.

“A manifestação, em tese, criminosa e antidemocrática, revestiu-se do claro intuito de instigar a população a tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo a posse do presidente e do vice-presidente da República eleitos”, registrou a PGR.

Moraes ressaltou que as condutas do investigado apresentam “agudo grau de gravidade” e que Serere Xavante convocou expressamente pessoas armadas para impedir a diplomação dos eleitos.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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