As terras goianas já viveram momentos sombrios e de terror com criminosos altamente perigosos que marcaram negativamente o Estado devido aos crimes de repercussão nacional. Casos policiais são abertos diariamente, mas alguns são impactantes devido ao nível de brutalidade ou de atrevimento. Confira a seguir os 10 marcantes casos de polícia em Goiás, você se lembra de algum desses?
Leonardo Pareja
Leonardo Pareja foi um criminoso goiano que teve repercussão nacional na década de 90. A história de Pareja com a polícia iniciou em setembro de 1995, quando assaltou um hotel em Feira de Santana, na Bahia e manteve uma garota de 16 anos como refém por três dias.
A garota sequestrada era Fernanda Viana, sobrinha do senador Antônio Carlos Magalhães, o crime foi noticiado em diversos veículos de comunicação, o que fez o homem ganhar notoriedade no cenário brasileiro.
Na ocasião, Pareja conseguiu driblar os policiais e dar uma fuga atravessando por três estados. O criminoso que costumava ser falante e sarcástico, chegava a até mesmo anunciar o local que ele iria, mas ainda sim, conseguia escapar das viaturas.
Pareja havia apenas 21 anos, concedeu entrevista, deu autógrafos e teve contatos ousados e desafiadores com a polícia, proferindo frases como: “Não sou super bandido, mas certamente sou mais inteligente do que a polícia” e “Já disse que a polícia não vai ter uma segunda chance. Não tenho medo da morte”.
Ele se entregou à Polícia em Goiás, depois de cerca de um mês de buscas e dentro da prisão, Pareja comandou uma rebelião de repercussão nacional. Pareja e outros 43 presos mantiveram autoridades como reféns por 7 dias, entre as vítimas estavam coronéis da Polícia Militar do estado, delegados, promotores, advogados e o então presidente do TJGO, desembargador Homero Sabino de Freitas.
Durante a transmissão ao vivo da rebelião, Pareja protagonizou outra cena um tanto quanto afrontosa, ele subiu em cima da caixa d’agua da penitenciária com a bandeira do brasil e cantou uma música do Zé Ramalho.
Além disso, ele fugiu do local com o presidente do TJGO, parou em um bar de Goiânia, deu autógrafos, pagou rodada de cerveja para os clientes do local e comprou bebidas e cigarros. O criminoso foi recapturado um dia depois, havia resolvido se entregar novamente.
Leonardo Pareja foi morto a tiros dentro do presídio em dezembro de 1996 por detentos próximos a ele.
Mohammed D’ali Carvalho Santos
O criminoso matou a inglesa a facadas e a esquartejou. O tronco da jovem foi colocado dentro de uma mala e jogado no Rio Meia Ponte, em Goiânia. Já a cabeça, braços e pernas estavam em outra mala que foi arremeçada no Córrego Sozinha, entre os municípios de Leopoldo de Bulhões e Bela Vista de Goiás.
Mohammed d’Ali confessou o crime e foi condenado em maio de 2009 a cumprir 21 anos de prisão pelo assassinato, esquartejamento e ocultação de cadáver. Em fevereiro de 2016, o rapaz foi encontrado morto dentro da cela no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.
Lázaro Barbosa
Este crime preocupou os moradores de Goiás e do Distrito Federal. Lázaro Barbosa foi um assassino que fugiu da polícia durante 20 dias após ter matado quatro integrantes uma família no DF, sendo eles Cláudio, Gustavo e Carlos Vidal. Entre as vítimas, também estava Cleonice Vidal de 43 anos, esposa de Cláudio e mãe dos jovens que foi mantida como refém e estuprada por Lázaro antes da morte, em 2021.
Durante as buscas pelo assassino, o criminoso andava solto entre as matas da divisa entre Distrito Federal e Goiás, invadindo casas, fazendo reféns e amedrontando a população.
O caso ganhou repercussão nacional e o criminoso foi morto com pelo menos 38 tiros efetuados por policiais militares durante um confronto em Águas Lindas (GO).
Adimar Jesus da Silva
Adimar Jesus da Silva foi um sereal killer e estuprador brasileiro que assassinou seis adolescentes entre 13 e 19 anos na cidade de Luziânia, em Goiás. Os crimes ocorreram entre dezembro de 2009 e Janeiro de 2010, o criminoso abusou sexualmente das vítimas e as matou com pauladas e golpes de taco.
Adimar confessou os crimes bárbaros e foi preso em abril de 2010. Em agosto, um laudo psiquiátrico do assassino revelou que ele se tratava de um “psicopata perigoso” com “sinais de sadismo” e de “peversão sexual” que deveria ser “isolado”.
O serial killer foi encontrado morto com sinais de enforcamento dentro da cela, poucos dias depois da prisão, em abril de 2010.
Vilma Martins Costa
Vilma Martins foi condenada em 2003, a 15 anos e nove meses de prisão por falsificar documentos e sequestrar dois bebês na maternidade em Brasília e Goiânia em 1986 e 1979, respectivamente.
Em janeiro de 1986, Maria Auxiliadora Braule Pinto, estava se recuperando parto quando uma mulher que se identificava como enfermeira adentrou a sala, disse que iria levar Pedrinho para realizar exames e não voltou mais com o recém nascido.
A mulher em questão era Vilma Martins que durante 16 anos, manteve Pedrinho longe da família. A criança teve o nome alterado depois do sequestro, ele foi registrado oficialmente como Osvaldo Martins Borges.
Mas não para por aí, a criminosa também sequestrou outro bebê, sendo ela Aparecida Fernanda Ribeiro da Silva que foi registrada por Vilma no cartório como Roberta Jamilly Martins Borges, os dois foram criados como irmãos em Goiânia.
O caso teve repercussão nacional e deu trabalho para os policiais e delegados que investigavam o caso.
Thiago Henrique Gomes da Rocha
O serial killer de Goiânia, Tiago Henrique Gomes da Rocha foi condenado por mais de 30 assassinatos e por tentativa de asssassinato de duas mulheres. O criminoso está preso desde 2014 e foi condenado a quase 700 anos de prisão.
Tiago trabalhava como vigilante e confessou todos os crimes que eram por maioria, contra mulheres. Segundo as investigações, o assassino escolhia as vítimas de forma aleatória. Além disso, ele usava uma moto com placa roubada roupas escuras e uma arma furtada para realizar os crimes.
O criminoso sempre matava as vítimas sem tempo de reação ou de defesa. De acordo com o Ministério Público, os crimes foram praticados decorrente da satisfação mórbida de prazer que o denunciado nutria por matar pessoas.
Já o laudo médico feito por peritos do TJGO em 2015, classificou Tiago como um psicopata consciente dos crimes cometidos. Atualmente, ele se encontra preso no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.
Aparecido Souza Alves
A maior chacina já registrada em Goiás foi realizada por Aparecido Souza Alves, de 22 anos. O criminoso matou e degolou sete pessoas, além de praticar necrofilia (relação sexual com cadáver) em uma das vítimas.
O crime aconteceu no dia 29 de abril de 2012, em Doverlândia, Goiás. De acordo com a polícia, o homem pretendia assaltar a fazenda onde estavam as vítimas, mas acabou as matando. Aparecido realizou o crime sozinho e chegou a confessar para a polícia
E a tragédia continuou, delegados, peritos e Aparecido estavam a bordo do helicóptero da Polícia Civil para realizar a reconstituição do crime, quando o meio de transporte caiu. Este foi o maior acidente aéreo do Estado e provocou mais de oito mortes.
Silvia Calabresi
A ex-empresária, Silvia Calabresi foi presa em 2008, quando tinha 42 anos, por torturar Lucélia Rodrigues da Silva. Na época, a vítima tinha apenas 12 anos e foi encontrada amordaçada e acorrentada no apartamento de Calabresi, no Setor Marista, em Goiânia.
Segundo a polícia, Lucélia estava morando com Silvia, com autorização da mãe para estudar. Porém, a garota apanhava diariamente e era torturada com instrumentos como um alicate, que foi utilizado para cortar a língua de Lucélia.
Além disso, a ex empresária aplicava pimenta na boca, nariz e nos olhos da menina e a deixava sem comida por dias.
Silvia Calabresi foi condenada a quase 15 anos de prisão e desde 2014 cumpre a pena no regime semiaberto.
Luís Carlos Costa Gonçalves
O vendedor ambulante Luís Carlos Costa Gonçalves, de 35 anos, foi o principal suspeito de matar Ana Clara Pires Camargo, 7 anos que foi encontrada morta em uma zona de mata em Santo Antônio de Goiás, em 2017.
Segundo a Polícia Civil, o homem era vizinho da família da vítima e foi localizado pela polícia após informações de que a namorada do suspeito estaria recebendo ameaças. Luis foi morto durante um confronto com a polícia no Setor Carolina Park, em Goiânia.
Izadora Alves de Faria
Izadora Alves de Faria, de 32 anos matou as duas filhas, Maria Alice Alves de Souza Barbosa, 6 anos, e Lavínia Sousa Barbosa, de 10, no dia 27 de setembro de 2022, em Édeia, no Sul de Goiás.
Izadora confessou à Polícia ter envenenado, tentado eletrocutar as crianças dentro de uma caixa d’água com fios elétricos e em seguida, as afogado e dado golpes de arma branca para garantir que as filhas teriam morrido.
Segundo a Polícia Civil, o pai das crianças encontrou as filhas mortas debaixo de um cobertor quando chegou em casa para almoçar.
A mulher tentou se matar quando estava no presídio e foi transferida para um hospital psiquiátrico de Aparecida de Goiânia. Um laudo pericial realizado pelo TJGO, apontou que a mulher sofria com transtornos psicóticos e que era incapaz de entender o caráter ilícito do crime.
Em setembro de 2023, a mulher foi absolvida pelo Ministério Público de Goiás após o laudo apontar a incapacidade de entender o que ela fez com as filhas. Em novembro de 2023, Izadora foi encontrada morta em um lago na capital Goiana.
Por O Hoje