Episódio se soma a uma série de gafes cometidas nos últimos dias pelo preside
Uma fala do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voltou a levantar dúvidas sobre as condições cognitivas dele na disputa à reeleição. Em uma entrevista à BET (Black Entertainment Television), que foi ao ar na noite de quarta-feira (17), o democrata balbucia e parece esquecer o nome do próprio secretário de Defesa, Lloyd Austin, que é negro.
“É tudo sobre tratar as pessoas com dignidade. Por exemplo, veja a pressão que estou recebendo porque nomeei… o secretário de Defesa, [ininteligível] homem negro”, disse Biden.
Não fica claro, no entanto, se ele falou “o homem negro” ou “um homem negro”. O presidente tentou se corrigir imediatamente, ao dizer: “Eu nomeei Ketanji Brown, quero dizer, por causa das pessoas que nomeei”, em referência à juíza associada da Suprema Corte Ketanji Brown Jackson.
O episódio é mais uma confusão nas declarações de Biden em meio a uma chuva de críticas que o democrata tem enfrentado por suas gafes recentes.
Na cúpula da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), ele chamou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, de “presidente Putin”. Pouco depois disso, em conversa com jornalistas, disse que havia escolhido sua “vice-presidente Trump” — a vice-presidente dele é Kamala Harris.
O primeiro debate entre Biden e Donald Trump, no mês passado, motivou as especulações sobre a capacidade do presidente, de 81 anos, de disputar uma nova eleição. O democrata se enrolou nas falas em diversos momentos e não conseguiu completar frases.
Em fevereiro, Biden disse que havia se encontrado recentemente com o presidente da François Mitterrand, que governou a França entre 1981 e 1995 e morreu em 1996. Ele havia, contudo, tido uma reunião com Emmanuel Macron, atual presidente do país europeu.
Desde o mês passado, integrantes do Partido Democrata estão divididos sobre a continuidade da campanha de Biden, mas ele se recusa a desistir.
Agora, o presidente parece estar cogitando a ideia. Ele teria sondado aliados sobre a possibilidade Kamala Harris assumir a cabeça da chapa. Uma pesquisa da Economist/YouGov revelou, divulgada nesta quarta-feira (18), que 79% dos democratas apoiam o nome dela como candidata à presidência.
Por R7