Amigos, Kajuru, que antes tentou convencer Datena a desistir do pleito, agora defende que apresentador continue na corrida eleitoral
A candidatura à prefeitura de São Paulo de José Luiz Datena (PSDB), apresentador de televisão do programa policial mais famoso do Brasil, parece ter vencido a estratosfera do marasmo. Tudo ocorreu depois de o apresentador, de 67 anos, ter deixado de lado apenas o jeito sisudo, estridente e proeminente. Irritado, partiu pra cima, literalmente, de um dos desafetos na corrida eleitoral.
Em resposta a ataques de Pablo Marçal (PRTB), Datena o atacou com uma banqueta. E tentou lhe acertar outra vez, não fosse outro candidato, Ricardo Nunes (MDB) – atual prefeito – ter assumido o papel de segurança na arena, que deveria ser de propostas, na TV Cultura na noite de segunda-feira (16).
O senador Jorge Kajuru, amigo próximo do jornalista e candidato a senador José Luiz Datena, em entrevista ao jornal O Hoje, defendeu o comportamento de Datena e criticou as atitudes de Marçal.
“Sobre esse episódio da cadeira, eu acho que é preciso entender o contexto. Quando alguém ataca a honra da sua família de forma tão agressiva e suja, a reação pode ser desmedida. Não podemos ignorar que o Datena estava sendo atacado repetidamente.”
Kajuru enfatizou que, para ele, Datena teve uma reação justificada. “Tinha um caso em que um ataque ao Datena causou uma grande confusão. Ele estava sendo atacado de maneira injusta e, quando alguém provoca tanto, é natural que a reação seja forte,” afirmou o senador. “O Datena reagiu como qualquer pessoa reagiria se fosse atacada pessoalmente e com a honra da família sendo pisoteada.”
O senador também criticou a visão pública sobre o incidente. “Muita gente tem medo de falar o que realmente pensa. Mas, na minha visão, o Brasil inteiro vê que o Datena teve uma reação que muitos acham que foi merecida. A reação dele foi condizente com o ataque que sofreu,” disse Kajuru. “Se você ataca alguém com palavras agressivas e de baixo calão, você pode esperar uma resposta à altura.”
Kajuru desmentiu as alegações de que o incidente afetaria a candidatura de Datena. “Ele está bem e vai continuar na disputa. A campanha continua normal,” garantiu. “O que se vê é uma tentativa de desviar a atenção do verdadeiro problema. O Pablo Marçal, que se comportou como um psicopata, não deveria estar fazendo isso. Isso é um problema psiquiátrico e não uma questão política.”
O senador também fez comparações com outros políticos. “Eu conheço bem o Jair Bolsonaro e posso afirmar que ele jamais se comportaria de forma tão rasteira. O Bolsonaro tem um nível diferente. Não é justo comparar o Datena com esse tipo de comportamento,” acrescentou Kajuru.
Kajuru reiterou seu apoio a Datena. “O Datena nunca foi condenado por nada que não fosse por suas opiniões. E isso é o que importa. Ele continua firme na campanha e continuará a defender suas posições com a mesma paixão,” concluiu.
Ele também ressaltou que São Paulo, agora, conhece Marçal, a quem Kajuru desfila adjetivos para defini-lo: “Esse charlatão, esse picareta, esse gângster, quem é esse cara para falar do passado de alguém?”. Ainda sugere algo e depois volta atrás, bem ao estilo do Kajuru. “Um cara que merece tratamento psiquiátrico. Bem que para mim não tem [tratamento]. Não tem solução. A solução de um ser como ele era não existir”. Kajuru, que havia se calado para o assunto, tem o rosto de Datena tatuado em suas costas, onde divide espaço com Adriane Galisteu e o ex-senador Álvaro Dias.
Por O Hoje