O furacão Milton atingiu a baía de Tampa, na Flórida, na noite de quarta-feira (9/10), com rajadas de vento entre 180 e 200 km/h, deixando um rastro de destruição. Até a manhã desta quinta-feira (10/10), pelo menos quatro mortes foram confirmadas, e cerca de 3 milhões de pessoas estão sem energia elétrica.
“Coisa de filme”. É assim que o goiano Rafael Henriques Marini, residente na Flórida desde 2000, descreve o cenário após a passagem do furacão. Ele relata o pânico e a insegurança entre os brasileiros que vivem no estado, lar de uma das maiores comunidades latinas dos EUA. Embora Rafael more em Miami, a cerca de 300 km da área mais atingida, ele se mantém em contato com brasileiros nas cidades de Sarasota, Fort Pierce, Wellington e Siesta Key, localizadas no oeste do estado.
“Muita gente está sem energia, há muita chuva e tornados em diversas regiões”, relata Rafael. Mesmo longe do epicentro, Miami também sentiu os efeitos da tempestade, com ventos fortes que ainda persistem. “Aqui, os ventos são intensos. As escolas estão fechadas”, acrescenta.
Em Orlando, cidade turística famosa pelos parques temáticos da Disney e da Universal, as atrações foram suspensas devido à chuva e inundações. Amigos brasileiros que vivem nas áreas atingidas relataram os danos causados por mais de 20 tornados. “Coisa de filme: telhados arrancados, carros virados. É assustador”, conta Rafael. Felizmente, ninguém com quem ele mantém contato ficou ferido.
Na manhã desta quinta-feira, o furacão já havia alcançado o mar pela costa leste, passando por Daytona Beach. As rajadas de vento foram reduzidas a 150 km/h, e a tempestade foi rebaixada para a categoria 1. Mesmo assim, ventos fortes e chuvas intensas continuam a afetar grande parte da Flórida.
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