Segundo PRF, o condutor do ônibus que ia de Uberlândia a Goiânia afirma que Sancler implorou para descer e estava incomodando diversos passageiros
O motorista do ônibus acusado de expulsar o índio Sancler Towara Tsorote, da tribo Xavante, do veículo durante uma viagem de Uberlândia a Goiânia, prestou esclarecimentos na noite da última terça-feira (7/2) à Polícia Rodoviária Federal (PRF), contradizendo as alegações de Sancler ao dizer que foi o próprio indígena que pediu para descer.
Na tarde de terça (7), Sancler registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil de Morrinhos, alegando ter sido vítima de preconceito por parte do motorista. Em seu relato, ele disse ter sido abandonado às margens da BR-153 e teve que andar nove quilômetros até chegar a um posto da PRF.
Na versão do motorista, às 6h da manhã, foi realizada a parada para o lanche, em um posto de combustível localizado às margens da BR 153, em Goiatuba. Ao final dessa parada, às 06h30, todos os passageiros embarcaram quando o motorista teria sido procurado pelo indígena que o informara que gostaria de descer do ônibus. Diante de tal pedido, o motorista teria solicitado a presença de algumas testemunhas para que se resguardasse. Diante disso, o índio desistiu do pedido e embarcou no ônibus, que seguiu viagem.
Porém, segundo o motorista, após percorrer aproximadamente 5 km~, o indígena começou a se debater e a incomodar diversos passageiros e que, ao aproximar-se de Morrinhos, ele começou a implorar para descer. Ele afirma que ainda insistiu para que Sancler aguardasse, pois o deixaria no posto da PRF, entretanto, como o indígena estava em uma forte discussão com um outro passageiro, ele optou por parar o ônibus no trevo de acesso a Morrinhos.
O motorista relatou que após descer do ônibus, o índio ainda lançou um objeto em direção ao veículo, mas não causou danos. A PRF não divulgou a identidade do condutor, mas ele deve comparecer ainda nesta quarta-feira (8/2) para prestar depoimento na delegacia da Polícia Civil de Morrinhos.
Por Jornal Opção