Comerciante contou que matou a namorada asfixiada depois que ela discutiu, e cuspiu no rosto dele
Um vídeo pornográfico enviado pelo aplicativo Whatsapp, segundo o comerciante José Carlos de Oliveira, de 37 anos, foi o que culminou com a discussão que terminou com a morte da funcionária do Tribunal de Justiça de Goiás, Giselle Evangelista, de 39 anos. Em depoimento prestado à polícia, José Carlos contou ter matado a namorada asfixiada depois que ele teria cuspido no rosto dele.
Giselle Evangelista foi encontrada morta com uma toalha no rosto na tarde da última sexta-feira (16), no apartamento de José Carlos, na Vila Alpes, em Goiânia. Um dia depois, o comerciante foi localizado escondido em uma mata perto da cidade de Pirenópolis por policiais do Grupo Tático 3 (GT3), da Polícia Civil. Trazido para Goiânia, ele confessou o assassinato.
Para o delegado Danilo Proto, adjunto da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), José Carlos disse que o estopim para a discussão foi um vídeo que ele recebeu em um grupo. “Ele afirmou que nestes dois anos em que se relacionou com a Giselle várias discussões aconteceram, segundo ele, porque ela era muito ciumenta. O José Carlos também disse que após perceber que a namorada apagou depois da briga, tentou reanimá-la durante 30 minutos, fez respiração boca, e ligou o ventilador, mas quando viu que ela não reagiu, e ficou roxa, jogou uma toalha sobre o rosto dela e fugiu desesperado”, relatou.
Para a imprensa, o comerciante repetiu o que disse ao delegado, e afirmou que o ciúme da namorada chegava a atrapalhar seu serviço, que é feito, na maioria das vezes, pelo celular. “Minha mãe e meu filho estão sofrendo muito mais que a mãe e o filho dela”, afirmou José Carlos, que falou ainda que “não sabe até quando ficará vivo” quando questionado por um repórter sobre o fato de familiares da namorada estarem em pior situação pelo fato dela ter sido assassinada.
Na tarde desta segunda-feira (19), José Carlos de Oliveira passará pela Audiência de Custódia. Danilo Proto afirmou que ainda hoje irá solicitar a decretação da Prisão Preventiva dele. O comerciante responderá por Feminicídio, e está sujeito a uma pena que varia de oito, a até 30 anos de reclusão.
Por Mais Goiás