Uma família de Taquaral de Goiás, a 90 quilômetros da Capital, passa por uma situação difícil. A costureira Regiane Moraes (31) e o trabalhador rural Ricardo Bueno (31) estão acostumados a realizar o trajeto para Goiânia, onde a filha Alana Vitória Fernandes de Oliveira (3) passa por sessões de quimioterapia para tratamento de um câncer na cabeça. No entanto, na manhã de segunda-feira (19), o casal se deparou com um novo obstáculo: ao voltar do Hospital Araújo Jorge, no Setor Universitário, o carro da família havia sumido. A política foi acionada, mas, até o momento, o carro não foi recuperado. Sem o veículo, o tratamento de Alana pode ficar mais árduo.
De acordo com Regiane, o carro – um Gol Bola verde, modelo 1996, de placa GUL 4214 – foi adquirido há três meses, com muita dificuldade e já estava quitado. “Para nós, o carro não é luxo. É pura necessidade. Temos que fazer o trajeto uma vez por semana. Caso contrário temo que depender de veículos da prefeitura. Mesmo sendo grátis, a viagem é muito mais desgastante. O carro facilitava muito a nossa vida”, afirma.
No carro estavam a cadeirinha de Alana, o acento elevado da filha mais velha Ananda (7), documentos e brinquedos das crianças. Ricardo tinha a filha nos braços quando percebeu o roubo e passou a chorar, desesperado. Ao entender a situação, Alana – segundo Regiane –, disse que queria que “o homem feio devolvesse o carro”, em referência ao ladrão.
Regiane teme agora que o tratamento da filha, que luta contra um Rabdomiosarcoma enbrionário, tumor alojado atrás dos olhos há 1 ano e 2 meses, seja dificultado pela falta do veículo. “Apesar do roubo, muita gente já se prontificou a nos ajudar, nos trazendo ou nos buscando de Goiânia. O tratamento não pode parar, tem que continuar. Nossa esperança é que o carro seja encontrado”, reforça ela, emocionada.
Por Mais Goiás