O serial killer Tiago Henrique Gomes da Rocha, de 30 anos, fez um pedido para se casar dentro do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Segundo a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), ele queria participar de um casamento comunitário, mas devido a problemas com documentação, não será possível até o momento.
A DGAP disse que o vigilante, sentenciado a mais de 600 anos por ter cometido 29 assassinatos, pediu para se casar com uma mulher que também cumpre pena, mas não informou qual a identidade dela. A assessoria do órgão disse que, até o momento, toda o relacionamento é feito por cartas, pois ele não pode receber visitas íntimas por não ser casado.
A assessoria da DGAP disse que realiza periodicamente casamentos comunitários para atender os presos. Tiago pediu para participar da próxima cerimônia, porém, por problemas na documentação, não poderá ser feito no momento.
A advogada Luciana de Almeida, que representa o preso na área de execução penal, disse que o procedimento normal é entrar com toda documentação no cartório e o cartório vai até o presídio para que a certidão de casamento seja assinada. Questionada sobre o problema na documentação alegada pela DGAP, ela disse que não poderia dar informações sobre o caso.
O Tribunal de Justiça informou que ainda não recebeu nenhum pedido em relação a esse casamento na 1º Vara de Execuções Penais.
O vigilante está preso desde 14 de outubro de 2014, no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana. Tiago Henrique ficou conhecido como o serial killer de Goiânia por ser apontado como responsável por mais de 30 assassinatos, sendo a maioria contra mulheres.
Em seu último júri, que aconteceu na quinta-feira (20), ele foi condenado a 21 anos pela morte da recepcionista Bruna Gleycielle de Souza Gonçalves, de 26 anos, em um ponto de ônibus da capital.
Dos 33 julgamentos que Tiago Henrique enfrentou por homicídios, ele foi absolvido em três processos. Até agora, as penas somam mais de 600 anos de prisão.
O vigilante também já foi condenado pela Justiça a 12 anos e 4 meses de prisão em regime fechado por ter assaltado duas vezes a mesma agência lotérica do Setor Central, na capital goiana.
Por G1