Neste domingo (7) o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva completou um ano preso pela investigação da Lava Jato. O petista, condenado a 12 anos e 1 mês, em 2ª Instância, no caso do tríplex no Guarujá (SP), cumpre pena na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba.
Na retrospectiva desses 12 meses, a figura do ex-presidente ficou marcada por tentativas de anular a condenação, pedidos de liberdade recusados, tentativa de candidatura à Presidência da República, derrota do PT nas eleições, vários depoimentos à Justiça, além da morte do irmão e de um neto de 7 anos.
Durante o período, o petista saiu da sede da PF em Curitiba em apenas duas ocasiões: em 14 de novembro de 2018, para depor na sede da Justiça Federal sobre o processo do sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), e em 2 de março deste ano, para o velório do neto Arthur Lira, vítima de sepse (infecção generalizada).
Lula é mantido em uma sala especial instalada no 4º andar da sede da PF em Curitiba (PR). O espaço tem 15 m² e possui 1 banheiro com chuveiro elétrico, cama e uma mesa. A cela não tem grades, apenas uma porta fechada pelo lado de fora.
O lugar é vigiado 24 horas por policiais federais. Ele tem direito a banho de sol de duas horas e 1 esquema diferenciado de visitas. Os presos comuns podem receber visitas apenas às quartas-feiras.
Atualmente, a defesa do ex-presidente aguarda a decisão do imbróglio entre o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o supremo Tribunal Federal (STF). Os advogados de Lula aguardam o julgamento de um recurso especial feito ao STF, que pede a anulação da condenação, e um julgamento sobre prisão após condenação em 2ª Instância no Supremo, marcado para 10 de abril.
A pauta, no entanto, foi retirada pelo presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, a pedido da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Não há uma nova data prevista.
Jornal Opção