Lázaro Humberto, de 58 anos, contou que acredita ter sido mordido por uma ariranha. Biólogo afirmou que características do ferimento pode indicar que foi um réptil.
O trabalhador rural Lázaro Humberto Ferreira, de 58 anos, disse que foi atacado por um animal em Aurilândia, na região central de Goiás. De acordo com Lázaro, ele estava pescando em um rio quando o animal, que ele acredita ser uma ariranha, o machucou.
“Eu assustei demais. Eu gritei socorro, mas não tinha ninguém, nem adiantava gritar. Pedi a Deus ‘pra’ me salvar. Fiquei com muito medo, estava sozinho no rio sujo e estava escurecendo. Pensei que ia morrer”, descreveu.
O ataque aconteceu na última sexta-feira (20) e Lázaro foi encaminhado para o Hospital Estadual São Luís de Montes Belos, mas já recebeu alta. Uma imagem mostra o corte e o biólogo Edson Abrão avaliou que o ataque pode ter sido feito por um jacaré (confira abaixo a explicação completa).
Lázaro contou que estava atravessando o rio a pé quando viu o animal “correndo” em sua direção.
“Ela tinha filhotes. Estava correndo muito rápido, eu tive que bater nela para me soltar e vi o rabo longo dela”, detalhou.
Lázaro comentou que viveu momentos de terror e medo após o ataque. Sozinho e no anoitecer, ele disse que caminhou devagar até chegar perto de casa e pedir ajuda.
Agora na casa de uma filha, ele disse que se recupera do ferimento, que está causando muita dor. Lázaro disse que está tomando a medicação prescrita e aguardando a cicatrização.
O que diz o especialista?
Ao g1, o biólogo Edson Abrão informou que o ataque pode ter sido feito por outro animal e não uma ariranha. Segundo Edson, a mordida parece com o ataque de algum réptil, como o jacaré, por exemplo.
“O dente da ariranha é menor, ela não faz o rasgo. Ela morde e puxa a carne. O jacaré tem o dente longitudinal e afiado, tipo uma lâmina, ele rasga a carne”, explicou.
No entanto, Edson ponderou que a ariranha é um animal agressivo e, quando está com filhotes, é extremamente territorialista. O animal, que é mamífero, passa boa parte da vida na água, conforme explicou o biólogo.
Por G1