Baseado no depoimento de 18 testemunhas, e nas declarações da própria advogada Amanda Partata, durante audiência de instrução e julgamento que ocorreu em junho passado, em Goiânia, a Justiça definiu, nesta segunda-feira (26/8), que a mulher irá a júri popular. A decisão foi assinada pelo juiz de Direito da 1ª Vara Criminal dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri, Eduardo Pio Mascarenhas da Silva. Amanda é acusada de matar o ex-sogro Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Alves, de 86, envenenados com bolos de pote em dezembro do ano passado.
Relembre o caso
Mãe e filho morreram em 17 de dezembro, após terem vômito, diarreia e dores abdominais, horas depois da refeição com a acusada. O laudo da perícia apontou que as mortes foram causadas por uma substância altamente tóxica introduzida em dois bolos de pote.
De acordo com a Polícia Civil de Goiás (PCGO) os crimes são: homicídio consumado duplamente qualificado (por motivo torpe e pelo emprego de veneno) contra Leonardo Pereira Alves, de 58 anos; homicídio consumado duplamente qualificado (por motivo torpe e pelo emprego de veneno) e agravado pela idade contra Luzia Alves, de 86 anos; homicídio tentado duplamente qualificado por motivo torpe e emprego de veneno praticado contra o tio do ex-namorado e homicídio tentado duplamente qualificado (por motivo torpe e emprego de veneno) e agravado pela idade da vítima contra o avô do ex-namorado, de 82 anos.
Envenenamento no café da manhã
Segundo as investigações, Amanda foi até a casa da família do ex-namorado para realizar um café da manhã, ela levou pão de queijo, biscoitos, suco e bolos de pote. A advogada havia comprado os produtos em um empório, nas proximidades do hotel onde estava hospedada em Goiânia.
A advogada teria comprado 100 ml de veneno, quantidade suficiente para matar várias pessoas e, conforme o laudo, a substância foi colocada em dois potes de bolo, de uma famosa doceria da cidade. A Polícia Científica disse ainda que o veneno é considerado “potente” e foi usado em grande quantidade. Mesmo em pequenas doses, a substância é tóxica e letal e não tem sabor nem odor. Ou seja, não é possível ser percebida.
Três dias depois das mortes das vítimas, Amanda foi presa e negou ter cometido o crime. Segundo a polícia, ela fingiu passar mal durante o depoimento.
Por Ar
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