Carlo Ancelotti será o quarto estrangeiro a comandar a Seleção Brasileira

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Além disso, o italiano será o segundo treinador europeu na história da Amarelinha

Anunciado como novo técnico da Seleção Brasileira, no fim da manhã desta segunda-feira (12/05), o italiano Carlo Ancelotti encerra um longo jejum no comando da Amarelinha. Depois de 60 anos, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) voltará a ter um treinador estrangeiro à frente do time masculino. O último havia sido o argentino Filpo Nuñez, em 1965.

Ancelotti será o quarto estrangeiro e o segundo europeu a dirigir o Brasil. Antes dele, passaram pela Seleção Brasileira o uruguaio Ramón Platero, o português Joreca e o próprio Filpo Nuñez. No entanto, todos eles tiveram passagens meteóricas pela CBF. O que esteve mais tempo à frente da Amarelinha foi Platero, que comandou o time brasileiro em quatro partidas.

Carletto chega à Seleção com a missão de levar o Brasil ao hexa. O primeiro passo para isso é confirmar a classificação da Amarelinha para a Copa do Mundo do ano que vem, que será disputada no Canadá, nos Estados Unidos e no México. A quatro rodadas do fim das Eliminatórias, a equipe brasileira pode se garantir no Mundial já na próxima Data Fifa, quando enfrentará Equador, fora, e Paraguai, em São Paulo.

O Equador, inclusive, será o adversário da estreia de Carlo Ancelotti à frente da Seleção Brasileira. A partida, válida pela 14ª rodada das Eliminatórias, está marcada para o dia 5 de junho, às 20h (de Brasília), em Guayaquil. Já o duelo contra os paraguaios, primeiro de Carletto em solo brasileiro, será no dia 10, às 21h45, na Neo Química Arena. Antes disso, o italiano fará a convocação oficial para os compromissos.

Confira os dados dos técnicos estrangeiros que já passaram pela Seleção Brasileira:

Ramón Platero – Uruguai – 1925
Primeiro treinador estrangeiro da história da Seleção Brasileira, o uruguaio também foi o único (até o momento) que dirigiu a Amarelinha em um torneio. Além do Brasil, Ramón Platero também comandou outra seleção. A uruguaia. Mas foi em solo brasileiro que o técnico teve mais sucesso. Por aqui, passou por Fluminense, Flamengo, Vasco, Palmeiras, único time pelo qual foi campeão, Botafogo e São Paulo. Ao todo, foram 19 dias e quatro partidas à frente da equipe verde e amarela.

Joreca – Portugal – 1944
Primeiro treinador europeu da história da Seleção Brasileira, o português Jorge Gomes de Lima, o Joreca, começou sua carreira no futebol longe da área técnica. Quando chegou ao Brasil, ainda jovem, o lisboeta se destacou como cronista e comentarista de rádio. Com o passar dos anos, passou a dividir seu tempo como jornalista com a faculdade de educação física, chegando até a ser árbitro. Na sequência, em 1943, teve sua primeira oportunidade como técnico, dirigindo o São Paulo.

No ano seguinte, ao lado do lendário Flávio Costa, chegou ao comando da Seleção Brasileira. Um representava o Rio de Janeiro, o outro São Paulo. Juntos, treinaram a Seleção em dois amistosos contra o Uruguai. Além do São Paulo, também comandou o Corinthians. Em sua galeria de troféus, estão três Campeonatos Paulistas e uma Taça Cidade de São Paulo. Todos eles pelo Tricolor.

Filpo Nuñez – Argentina – 1965
Primeiro e único argentino a comandar o Brasil, Filpo Nuñez foi o último estrangeiro da história da Amarelinha. De todos, é quem teve uma carreira mais duradoura como treinador, principalmente no futebol brasileiro. Lendário técnico da história do Palmeiras, Don Filpo teve a oportunidade de treinar a Amarelinha justamente por conta do Alviverde. Em 1965, a CBD (antiga CBF) decidiu que o time paulista representaria a Seleção Brasileira num amistoso contra o Uruguai.

Desta maneira, Nuñez foi o responsável por ficar à beira do campo na vitória por 3 a 0 contra os uruguaios. Por conta dessa situação, Filpo é tratado como interino nas estatísticas da história da Seleção Brasileira, mas foi, sim, treinador do Brasil. Com quase 30 clubes brasileiros no currículo, foi campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1965, pelo Palmeiras. Também passou por times da Argentina, Peru, Bolívia, Portugal, Venezuela, Espanha e México. Além disso, treinou a equipe feminina do Alviverde Paulista.

Por Mais Goiás

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