O diretor, Warley Toledo, e outros três servidores da Unidade Prisional Regional de Inhumas foram afastados do exercício de suas funções na terça-feira (29), após familiares denunciarem que detentos foram torturados no local. Imagens de um preso caído no chão com os braços algemados entre as pernas, repassadas por um Vigilante Penitenciário Temporário (VPT), circularam em grupos de mensagens por aplicativos de servidores que atuam no presidio. A Polícia Civil investiga o caso.
Ordens para que presos não receba, atendimento médico durante o final de semana, caso passem mal, são expressas em uma das mensagens enviadas supostamente pelo diretor. “Preso não sai para UPA em final de semana. Se o preso insistir saiba que ele está considerando que o seu plantão é o mais mocorongo e relaxado” diz uma das mensagens de texto.
Diretor proibiu policiais penais de socorrer detentos no presídio de Inhumas
Além disso, os agentes penais foram ameaçados caso prestassem socorro aos detentos. “Se qualquer equipe tomar esse tipo de procedimento novamente, eu vou tomar providências para que isso sirva de exemplo pra todas as equipes. Se perceberem que o preso está simulando os sintomas retirem o preso e o deixem algemado pelos pés e mãos dentro do banheiro por um tempo e depois o retornem para a cela”.
Em nota, a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou que afastou os quatro servidores envolvidos, entre eles o diretor da Unidade Prisional Regional de Inhumas, do exercício das atividades na função públicas. Além de autorizar a busca e apreensão na residência dos envolvidos e na unidade prisional e, autoriza a quebra de sigilo de dados eletrônicos e telefônicos dos servidores a fim de colaborar com as investigações da Polícia civil. O coordenador regional assumirá a direção provisoriamente.
Veja mensagens do diretor aos policiais penais de Inhumas
Por Mais Goiás