Em cena impressionante, multidão invade palácio do presidente do Sri Lanka

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Primeiro-ministro ofereceu renúncia; é o segundo premiê em apenas dois meses, enquanto país mergulha na pior crise desde a independência

Depois de milhares de pessoas invadirem a residência oficial do presidente Gotabaya Rajapaksa, em Colombo, a capital do Sri Lanka, o país está prestes a assistir à renúncia do segundo premiê em apenas dois meses.

Ranil Wickremesinghe afirmou que vai renunciar. É mais um capítulo em meio à crescente insatisfação popular em que o país está mergulhado há meses devido à pior crise econômica enfrentada em sete décadas.

O Ministério da Defesa informou que Rajapaksa fugiu do local antes da invasão e que o premiê também teria sido transferido para um lugar seguro. Motivados em grande parte pela escassez de combustíveis, que já dura meses, a população pede a renúncia do presidente.

Em situação semelhante, o ex-premiê Mahinda Rajapaksa, irmão mais velho de Gotabaya e uma das figuras políticas mais proeminentes do país, foi forçado a renunciar em maio.

Wickremesinghe, o atual primeiro-ministro, afirmou que conversou com vários líderes de partidos para decidir como agir. “Ele disse aos líderes que está disposto a renunciar ao cargo e abrir caminho para que um governo de todos os partidos assuma”, disse seu gabinete.

Em seu perfil oficial no Twitter, o premiê escreveu: “Para garantir a continuação do governo e a segurança de todos os cidadãos, aceito hoje a recomendação dos líderes do partido para dar lugar a um governo de todos os partidos.”

A pequena ilha de 22 milhões de habitantes mergulhou na pior crise econômica desde a independência do Reino Unido, em 1948, devido à limitação de importações essenciais de combustíveis, alimentos e remédios. A alta da inflação, que atingiu recorde de 54,6% em junho e deve chegar a 70% nos próximos meses, intensificou a insatisfação.

A campanha oficial de proibição do uso de fertilizantes químicos, sob a alegada justificativa de promover a agricultura orgânica para fins de saúde pública, também teve peso, com agricultores tendo uma das piores colheitas no ano passado, e a população assistindo ao preço de produtos alimentícios básicos subir.

* Com informações do portal UOL.

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