Empresário procurado na Operação Decantação 3 se entrega à PF após quatro dias …

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Após quatro dias, o terceiro alvo da Operação Decantação 3, o empresário Eduardo Henrique de Deus, se entregou no fim da manhã desta segunda-feira (08) na sede da Polícia Federal em Goiânia. Ele é apontado pela polícia como integrante de um esquema de fraudes em licitações da Saneago.

A defesa de Eduardo Henrique disse à TV Anhanguera, que não vai se posicionar sobre o caso.

As investigações nesta terceira fase resultaram também nas prisões de Elvis Presley Mendanha, servidor da empresa e ex-pregoeiro da comissão de licitação, e de José Vicente da Silva Júnior, engenheiro responsável pelo apoio técnico da Saneago e ex-membro da comissão de licitações da empresa. Elvis foi preso no dia da operação, na última quinta-feira (04) e José Vicente se entregou no dia seguinte.

Conforme a PF, o material apreendido na primeira fase da Decantação apontou que foram criadas empresas de fachada para participar das licitações. O resultado desses processos, eram, segundo a polícia, “fruto de ajustes entre os empresários participantes”.

Segundo a polícia, Eduardo tinha informações privilegiadas sobre os processos licitatórios e negociava os valores das obras com os funcionários da Saneago. Foram pelo menos 91 contratos fraudados entre 2012 e 2018 e causaram um prejuízo incalculável aos cofres públicos.

No dia da operação, a Saneago informou, por meio de nota, que a “tem priorizado a implantação das melhores práticas de governança e compliance, para garantir a lisura em todos os processos da Companhia, incluindo a realização de auditoria especial em um conjunto de processos relacionados ao período investigado”.

De acordo com a Justiça Federal, a audiência de custódia do Eduardo Henrique será nesta terça-feira (08), às 14h30.

Os outros dois investigados seguem presos. O G1 não conseguiu contato com as defesas deles.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, os crimes investigados são de: “associação criminosa, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa e fraudes em processos licitatórios, cujas penas somadas atingem 41anos de prisão, sem prejuízo de demais implicações penais ao final da investigação”.

 

Em outras fases, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do ex-governador José Eliton e chegou a prender ex-gestores da estatal, além de pessoas que seriam sócias de empresas favorecidas pelo esquema. Todas foram soltas dias depois por determinação da Justiça. 

Por G1

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