Homem era ex-cabo do Exército e no crime, em 2012, teria emprestado carro para ladrões; ele foi assassinado com rajadas de tiros de fuzil e pistola
Ex-cabo do Exército, Luan Henrique da Silva Netto, 26, foi morto com vários tiros por ocupantes de um veículo HB-20 de cor azul. O crime aconteceu no Jardim Bela Vista, na avenida que tem o nome do bairro, em Goiânia. No local, foram encontradas mais de 10 capsulas de fuzil calibre .556 e pelo menos 20 capsulas de pistola calibre .9 mm.
Luan Henrique foi sentenciado em 2012 por participar do esquema que culminou na morte de Michelle Muniz do Carmo, 30. Ela era filha do ex-deputado estadual Luiz Carlos do Carmo (MDB), que é suplente de Ronaldo Caiado no Senado.
As informações iniciais dão conta de que Luan Henrique estaria em um lava jato, quando foi capturado pelos assassinos. Ele foi atingido pelos tiros na rua, e os criminosos fugiram no carro, identificado com placas PWQ-2856, de Goiânia. Em seguida o homem foi socorrido por ocupantes de uma picape, mas já estava sem vida. O veículo com o corpo parou dezenas de metros depois, aos fundos de um hospital, no Parque das Laranjeiras.
Um carro foi abandonado na Rua I-16, do Papillon Park, em Aparecida de Goiânia. Criminosos teriam saído do veículo usando armas de grosso calibre e, antes de entrarem em outro carro em fuga, atearam fogo ao automóvel. As polícias apuram quem são os ocupantes do carro, e se têm envolvimento com o homicídio de Luan Henrique.
Criminal
Luan Henrique da Silva Netto, segundo a Polícia Civil, tem passagens criminais por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e tráfico de drogas. Ele foi preso em 2016, em cumprimento de um mandado de prisão. Ele era monitorado com tornozeleira eletrônica, e cumpria pena em regime aberto.
Michele Muniz
A advogada Michelle Muniz do Carmo tinha 30 anos quando foi morta no dia 21 de abril de 2012 na porta de uma distribuidora de bebidas, na Avenida T-36 do Setor Nova Suíça. Ela estava dentro do carro, quando foi atingida por um tiro fatal. Michelle era filha suplente de Ronaldo Caiado, Luiz Carlos do Carmo (MDB).
Sete dias depois da morte, a Polícia Civil apresentou quatro dos cinco suspeitos de matarem a mulher. Entre os criminosos, Luan Henrique estava como um dos apresentados pela polícia.
Acusado, Luan foi sentenciado a 24 anos de prisão no dia 1º de novembro de 2012. O processo foi arquivado no dia 12 de julho de 2017, após ser expedidos os mandados de prisão. Até hoje um dos sentenciados, Jonathan de Oliveira Costa, o Cintilão, ainda não foi preso e é considerado foragido da Justiça goiana.
“A notícia de morte dele é boa. Eu não posso dizer que estou feliz com a morte de uma pessoa, mas estou aliviado em saber que nenhuma pessoa será mais vítima desse homem, que era uma má pessoa. A minha filha eu queria de volta, e não vou ter mais”, disse o suplente de senador Luiz do Carmo.
Segundo o político, até hoje a família sofre pela morte de Michelle. “Ele não matou só a Michelle. Ele matou todos nós. Minha esposa ainda hoje sofre, e precisa fazer tratamento médico. Eu tive que me sentar, aqui onde estou, com a notícia que recebi”, disse Luiz do Carmo, ao telefone.
Por Mais Goiás