Ela é responsável pelo serviço em mais seis estados, ocupa as duas últimas posições no ranking de qualidade da Aneel e está entre as empresas com maior lucro no país.
A Equatorial Energia, empresa que comprou a distribuição de energia em Goiás por R$ 1,6 bilhão, atua em outros seis estados, tem algumas das distribuidoras com pior desempenho no ranking da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), já foi denunciada pelo Ministério Público Federal por crime ambiental e está entre as companhias com maior lucro do país.
A empresa comprou as ações da antiga Celg-D da Enel e deve começar a operar em Goiás a partir de janeiro. A negociação deve ser aprovada ainda pela Aneel e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A Equatorial foi fundada em 1999 e é o terceiro maior grupo de distribuição de energia do país. Ao todo, atende cerca de 10 milhões de consumidores. A companhia também atua no setor de transmissão, energia renovável e saneamento.
Ela atua nos seguintes estados:
- Maranhão
- Pará
- Piauí
- Alagoas
- Rio Grande do Sul
- Amapá
Ranking das distribuidoras de energia
- Equatorial Pará – 7ª posição
- Enel Goiás – 27ª posição
- Equatorial Maranhão – 28ª posição (penúltima posição)
- CEEE (RS) – 29ª posição (última posição)
As demais distribuidoras da Equatorial não entraram excepcionalmente no ranking, pois estavam em um regime com limites de indicadores flexibilizados.
Em reunião com investidores, a empresa disse que é especialista em identificar companhias em dificuldades e promover o crescimento e reestruturação. A companhia informou ainda que terá condição de acompanhar o desenvolvimento do estado entregando energia em quantidade e qualidade suficiente.
Lucros
Um levantamento da empresa Economatica aponta a Equatorial entre as 30 maiores empresas em receita líquida no ano de 2021, com R$ 24,2 bilhões. Em 2020, a receita foi de R$ 17,9 bilhões.
A companhia também está entre as 30 com maiores lucros do país, com R$ 3,7 bilhões no ano passado. Em 2020, o valor foi de R$ 3 bilhões.
Denúncia
Em junho deste ano, o Ministério Público Federal no Pará denunciou a Equatorial por crime ambiental e fraude após ter construído três redes de distribuição de energia ilegais dentro de uma terra indígena. O órgão pediu que a empresa pague R$ 1,6 milhão como reparação.
Ela também já foi multada em R$ 800 pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) por instalar redes de energia sem autorização dos órgãos competentes.
A empresa informou que está colaborando para o desligamento das instalações necessárias e que não compactua com violações de questões ambientais.
Por G1