Ele teria passado os últimos dias pedindo comida em fazendas da região na companhia de outro rapaz, ainda não identificado
O menino Paulo César Crisostomo de Almeida, de 12 anos, vai voltar em breve para casa, em Jaraguá. Ele estava desaparecido desde o último sábado (3) e foi encontrado nesta quinta-feira (8) em uma fazenda na cidade de São Francisco, a 25 km do município onde mora.
Segundo o delegado responsável pelo caso do desaparecimento do garoto, Tibério Martins Cardoso, Paulo César estava na companhia de um rapaz, ainda não identificado. Eles teriam passado os últimos cinco dias no mato, pedindo comida nas fazendas por onde passavam. Foi durante esses contatos que eles acabaram descobertos por pessoas que viram as imagens do garoto nos jornais e na televisão e acionaram a polícia.
“Eles estavam dormindo no mato e caminhando sentido a Aparecida de Goiânia”, afirma o delegado. “Eles evitavam andar pelas margens da rodovia, indo sempre pelo meio do mato, para não serem encontrados”, diz. O delegado pontuou que o menino está bem de saúde e não estava fazendo o trajeto a contragosto, porém, aparentemente teria havido algum tipo de coação para que ele prosseguisse em viagem.
Os dois teriam se conhecido pelo Facebook, mas ainda não se sabe o que levou à fuga de Paulo César. À polícia, o rapaz que o acompanhava afirmou ser menor de idade. No entanto, o delegado desconfia da versão, já que o nome apresentado por ele não está sendo encontrado em nenhum registro. “É possível que ele esteja dizendo ser menor para evitar responder criminalmente. Provavelmente teremos que afazer uma identificação criminal”, afirma Tibério.
Paulo César havia sido visto pela última vez em um campo de futebol próximo da casa dele, depois de dizer que iria estudar na casa de um amigo. A principal suspeita da polícia é que, antes do desaparecimento, a criança já estava em contato com a pessoa com quem se encontrou. Pensava-se, até então, que as conversas teriam se dado por meio de um jogo online.
Paulo e o rapaz estão na delegacia de Jaraguá neste momento prestando depoimento.
O Mais Goiás tentou contato com a família do estudante, mas os celulares estão desligados.
Por Mais Goiás