Equipe fiscaliza morte de peixes durante Operação Temporada do Araguaia 2022
A Polícia Civil investiga um fazendeiro de Jussara, a 225 km de Goiânia, por captação irregular de água no Rio Araguaia. Denúncias revelaram que o homem possui, de maneira ilegal, 30 pivôs para retirar a água de um lago do Ribeirão Água Limpa, que é afluente do Araguaia. Ele foi intimado para prestar depoimento na próxima semana e pode responder por crime ambiental.
A investigação começou ainda em 2021 quando equipamentos de drenagem da água foram identificados nas proximidades do rio.
Segundo o delegado Luziano de Carvalho, se ficar comprovado que os equipamentos foram instalados sem as devidas licenças ambientais, o sistema poderá ser embargado e o homem indiciado.
“O Rio Araguaia está secando porque muitos afluentes estão secando. Especialistas já disseram que o Água Limpa não tem capacidade para suportar a retirada de um volume tão grande de água. O prejuízo pode ser irreversível”, afirmou o investigador.
O proprietário da fazenda pode responder pelo crime previsto na Lei 9.605/98: “construir, em qualquer parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamentares pertinentes”. A pena é de detenção de um a seis meses e/ou multa.
Desmatamento no Rio Araguaia
Equipes da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema) identificaram também casos de desmatamento em área de preservação ambiental e morte de peixes durante a Operação Temporada do Araguaia 2022, em andamento desde o dia 7 de julho, em Aruanã.
Uma embarcação fluvial é usada para percorrer o rio e seus afluentes, além de promover ações de conscientização ambiental.
*Jeice Oliveira compõe programa de estágio do Mais Goiás sob supervisão de Jessica Santos
