Foragida: namorada é suspeita de matar empresário com brigadeirão envenenado

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O corpo do empresário foi encontrado em estado avançado de decomposição, após os vizinhos sentirem um forte cheiro vindo do apartamento

A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando a morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, que supostamente teria sido envenenado por sua própria namorada, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, que está foragida. O caso ocorreu na última sexta-feira (17), quando os dois foram flagrados no elevador do prédio do Engenho de Dentro, onde ele morava. Nesta quarta-feira (29), o Disque Denúncia divulgou um cartaz com a foto da suspeita. O objetivo é coletar dados para ajudar na localização de Júlia Andrade Cathermol Pimenta.

Conforme a investigação, a suspeita é que Júlia tenha envenenado um brigadeirão com o objetivo de matar o companheiro. Fotos mostram o empresário segurando um prato com o doce. O corpo do empresário foi encontrado em estado avançado de decomposição, após os vizinhos sentirem um forte cheiro vindo do apartamento. 

Os restos mortais foram encontrados perto de cartelas de morfina no sofá da sala. O corpo estava sentado com dois ventiladores ligados, um no teto e outro no chão, em direção à janela aberta. Após a perícia encontrar uma marca na cabeça da vítima que sugeria um golpe, a cena levantou suspeitas de que a morte não teria sido natural. A perícia chegou ao local e o caso passou para a ser investigado pela 25ªDP (Engenho Novo).

Embora o laudo da necrópsia revele uma pequena quantidade de líquido achocolatado no sistema digestivo da vítima, não revela a causa da morte. Na cena do crime também foi encontrado um analgésico forte. Foi verificado que a suspeita visitou uma farmácia nove dias antes das imagens do elevador e solicitou o medicamento de uso controlado.

Desde o dia 20 deste mês, a polícia está investigando a causa da morte do empresário. A suspeita é que  a namorada de Luiz, teria cometido o crime com o objetivo de manter os bens e dinheiro da vítima. As autoridades acreditam que ela permaneceu no apartamento com o corpo do namorado durante todo o fim de semana.

Uma amiga de Júlia, Suyane Breschak, foi presa por suspeita de envolvimento no planejamento do crime. Segundo a polícia, ela teria recebido bens da vítima.

Luiz Marcelo foi visto pela última vez pelos seus vizinhos, quando saiu da piscina do prédio na tarde da sexta-feira (17), com a namorada. O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) indica que ele faleceu de três a seis dias antes da localização do corpo e a causa da morte não foi determinada por marcas ou lesões. No entanto, a polícia solicitou exames cujos resultados ainda não foram divulgados.  

Dois dias depois de encontrar o corpo, Julia foi intimada a depor. Ela disse que saiu da casa de Luiz na segunda-feira após uma briga no domingo, mas que ele estava bem e chegou a fazer café da manhã para ela.

A polícia examinou os registros das câmeras de segurança do prédio, que mostram Luiz e Julia indo e voltando da piscina na sexta-feira (17). 

A saída do prédio levantou suspeitas 

Às 13h da manhã de segunda-feira (20), Julia deixou o prédio de Luiz com seus pertences. Ela tinha saído do carro dele no sábado anterior, mas não voltou. Ela se desfez dos pertences do namorado, incluindo seu carro, com a ajuda de sua comparsa, a cigana Suyane Breschak, segundo a Polícia Civil.

Supostamente, o veículo foi vendido por R$ 75 mil e foi transportado para Cabo Frio, na Região dos Lagos. O condutor do carro apresentou um documento escrito à mão, afirmando ter sido assinado pela vítima, quando foi abordado pelos policiais. O computador e o telefone celular de Luiz Marcelo foram encontrados com o mesmo indivíduo. Ele foi preso por receptação.

A cigana informou à polícia que Júlia tinha uma dívida com ela de cerca de R$ 600 mil. A namorada seria uma participante do programa e estaria em um relacionamento com um outro além de homem, além de Luiz. Ela teria oferecido à vítima um brigadeirão envenenado na data do crime.

Ainda de acordo com Suyane Breschak, a autora permaneceu no apartamento e enviou correspondência se queixando do cheiro de seu corpo. Ela chegou a dizer que a janela tinha um urubu. Se passasse pelo corpo do morto, Júlia também teria enviado mensagens pelo celular dele.

A cigana disse em sua declaração que ajudou a vítima a vender seus pertences e que grande parte de seu dinheiro veio de pagamentos de dívidas. Foi cumprido um mandado de prisão temporária contra ela por homicídio qualificado.

Em sua declaração, Júlia afirmou que não tinha conhecimento da morte de Luiz e que a vítima teria aberto uma conta conjunta em nomes dos dois. A fotografia mostra a mulher indo ao condomínio para buscar o cartão desta conta, que foi entregue por correspondência, enquanto o homem já havia falecido.

Por O Hoje

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