Formosa: Denunciado pelo MPGO, empresário é condenado a dez anos de prisão por fraude à licitação e corrupção em contrato com a Prefeitura

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Atos foram praticados entre os anos de 2021 e 2022

A partir de denúncia oferecida pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), o empresário Eduardo Ramos Pereira foi condenado pela Justiça a dez anos de reclusão e a um mês e seis dias de detenção, no regime inicialmente fechado, sem prejuízo do pagamento de 46 dias-multa pelos crimes de fraude à licitação e corrupção. Conforme os autos, os crimes foram praticados no âmbito de um contrato firmado por ele, por meio da empresa RT Locadora de Veículos Ltda., da qual é proprietário, junto à prefeitura de Formosa. 

Investigado nos autos, o vereador Wélio Antônio da Silva foi absolvido na sentença das acusações de peculato e fraude à licitação. Quanto à acusação de corrupção passiva que também pesava sobre ele, a Justiça promoveu a desclassificação do crime para advocacia administrativa (patrocinar, direta ou indiretamente, interesse de terceiro perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário). Com isso, foi determinada a remessa do caso ao Juizado Especial Criminal de Formosa.

Na denúncia, oferecida pelo promotor de Justiça Douglas Chegury, em 2022, os réus foram acusados dos crimes de fraude à licitação, concussão (quando o servidor exige vantagem indevida), corrupção passiva e peculato (crime praticado por funcionário público contra a própria administração pública). 

No documento, o promotor ressaltou que o serviço de transporte de pacientes vinha há tempos sendo alvo de reclamação dos usuários, apesar dos altos valores pagos. 

Réu não poderá contratar com a administração pública

Além da pena de prisão, a ser cumprida inicialmente em regime fechado, a Justiça também determinou a suspensão do direito de Eduardo Ramos Pereira de licitar e contratar com a administração pública direta e indireta de Formosa pelo prazo de dois anos, iniciando o prazo a partir do trânsito em julgado da sentença criminal (quando ela se tornar definitiva, sem possibilidade de recursos). O empresário também teve suspensos os direitos políticos enquanto durarem os efeitos da sentença condenatória. 

Diante da ausência de evidências que justifiquem a prisão preventiva, os acusados poderão aguardar o prazo de recurso da sentença em liberdade. (Texto: Mariani Ribeiro e Cristina Rosa/Assessoria de Comunicação Social do MPGO)

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