s de colisões já ocorreram desde o início de 2024. Na maioria dos casos, o excesso de velocidade é o principal causador das tragédias
A GO-060, é uma via expressa que conecta Goiânia à diversas cidades do interior do estado e a Trindade, região metropolitana da capital. A movimentada rodovia tem sido cenário de diversos acidentes que na maioria das vezes acaba vitimando fatalmente as pessoas que se acidentam.
No último domingo (12), no km 106 da via, uma enfermeira morreu após ser arremessada por cerca de 20 metros da garupa de uma moto ao chão, no município de Goianápolis. O capacete que a enfermeira usava não possuía queixeira central e ficou parcialmente destruído . O acidente aconteceu após o condutor, que sofreu múltiplas fraturas, perder o controle da motocicleta. O condutor de 51 anos também foi arremessado para o canteiro central e encaminhado para o Hospital de Urgência de Anápolis.
O especialista em trânsito Horácio Ferreira, afirmou que diversos fatores podem ser avaliados para esses constantes casos de acidentes nas rodovias, entre eles um dos motivos é a crescente do centros urbanos.
“Algo que é importante a gente ressaltar é o fato da cidade, o centro urbano, estar crescendo cada vez mais e o crescimento acaba fazendo as rodovias participarem de um movimento que muitas vezes não foi para este fim característico que ela foi criada”.
Ele ressaltou que durante o dia-a-dia tanto as rodovias estaduais quanto as federais são procuradas para o translado às escolas,comércios e estabelecimentos de entretenimento.
“Hoje muitas pessoas e isso não é uma particularidade de rodovias estaduais do estado de Goiás mas também de rodovias federais em trechos de perímetro urbano onde as pessoas acabam procurando mais essas vias para o translado do seu dia-a-dia para ir à escola, à grandes centros comerciais, outros comércios como de entretenimento.”
No dia 31 de março, um homem morreu após colidir contra uma carreta em Diorama, próximo a Iporá, que faz parte do trecho da GO-060. Após a colisão o corpo de bombeiros foi acionado mas quando chegou no local o homem de 57 anos já estava sem vida, fora do veículo, o corpo de bombeiros informou que a vítima foi retirada do veículo por populares. O condutor da carreta não sofreu ferimentos.
Horácio Ferreira, também explicou que têm sido feitas ações de engenharia, educação e fiscalização, mas muito pode ser feito, principalmente parcerias entre as iniciativas privadas juntamente aos órgãos públicos para trabalhar com conscientização e sensibilização.
“Eu acredito que muito tem sido feito pelos órgãos de trânsito para o número desses registros(de acidentes de trânsito venham a reduzir), temos visto diversas ações da engenharia, da educação, da fiscalização mas nós sabemos que muito ainda pode ser feito, principalmente quando existir a presença da iniciativa privada em fazer um trabalho juntamente com os órgãos, gestores de trânsito seja do estado,da união ou do município para trabalhar a conscientização, para trabalhar a sensibilização das pessoas a ter um comportamento mais seguro no trânsito”.
Em 23 de janeiro, uma colisão matou o médico Thiago Rosa de 39 anos e o pastor Arnaldo Moreira de 56 anos. Os veículos bateram de frente na GO-060 no trecho entre Santa Bárbara de Goiás e Claudinápolis, as duas vítimas que ficaram presas entre as ferragens já estavam sem vida quando o corpo de bombeiros chegou ao local.
O especialista em trânsito ressaltou a importância da ação conjunta para a diminuição dos acidentes.
“Não tem como fazer educação para o trânsito, não tem como trabalhar o enfrentamento das mortes que tem ocorrido nas vias públicas sem a ajuda de todos, todos unidos é que vão trabalhar de forma possível a fazer diferença no trânsito, é o condutor não exceder a velocidade quando está na rodovia, é pedestre não atravessar onde não deve, é o ciclista tendo a sua responsabilidade e fazendo seu papel, o motociclista entendendo qual a sua participação na via pública, ou seja, todos precisam estar envolvidos e nesse projeto de estado para termos um resultado eficiente na redução do número de indícios de acidentes de trânsito.”
Por O Hoje
