Goiás deve receber doses de vacina contra Covid-19 em janeiro de 2021…

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Segundo governador Ronaldo Caiado, ministro Eduardo Pazuello prometeu 46 milhões de doses no primeiro mês do ano que vem. De acordo com superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim, vacinação não deverá ser obrigatória

No Congresso Federal, dois deputados apresentaram um projeto de lei para impedir a vacinação obrigatória da população contra a Covid-19. O texto, assinado por Carla Zambelli (PSL) e Luiz Phillipe de Orleans e Bragança (PSL) tem intuito de editar norma assinada por Bolsonaro sobre vacinação compulsória.

Em Goiás, não existe ainda previsão de compra de uma vacina e nem mesmo a intenção de tornar sua dose obrigatória para toda a população. E na tarde desta terça-feira, 20, o governador Ronaldo Caiado (DEM) postou uma foto com doses produzidas pelo Instituto Butantan e compartilhou parte do diálogo que teve pessoalmente com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

“Minha gente, apresento a vocês a Vacina Butantan-Sinovac contra a Covid-19. Agora, em reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ficou confirmado que até janeiro de 2021 serão adquiridas 46 milhões de doses. Junto às outras duas vacinas, AstraZeneca e a Covax, teremos 186 milhões de doses ainda no primeiro semestre do ano que vem. E o melhor: 100% custeadas pelo Ministério da Saúde”, escreveu o governador.

De acordo com ele, os primeiros a serem imunizados serão os profissionais da saúde, que estão na linha de frente no combate à doença. Ao Jornal Opção, a superintendente de Vigilância em Saúde, da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), Flúvia Amorim, confirmou que o Estado não pretende comprar, à princípio, doses de nenhuma vacina específica. Ainda afirmou que Goiás deve aguardar que o próprio governo federal ofereça a vacina.

“Precisamos saber qual vacina será aprovada primeiro. Das que estão possíveis de serem aprovadas existe um processo de compra grande por parte do Ministério da Saúde (MS) e o Estado não descarta, de forma alguma, a possibilidade de comprar”, afirmou.

“Primeiro precisamos ter a certeza de uma vacina eficaz e segura”, disse a chefe da pasta. “O que temos de informação por parte do Ministério é que assim que tiver uma vacina autorizada, porque ela precisa de autorização da Anvisa, o próprio Ministério vai adquirir para todo país. São nove vacinas no rol de elegíveis.”

“A partir do momento, e temos uma fala inclusive por parte do secretário executivo do Ministério da Saúde, que assim que houver uma vacina, eles estarão comprando para os estados e municípios. Estamos aguardando. Caso isso não aconteça, não está descartado que o Estado venha adquirir. No entanto, à priori, trabalharemos com o que será oferecido pelo próprio MS”, declarou Flúvia.

Obrigatoriedade

Em relação à obrigatoriedade, Flúvia explica que, no país, ainda não existe nenhuma legalidade em se aplicar vacina compulsória e que, por isso, essa possibilidade sequer foi discutida internamente no governo estadual.

“Isso ainda não foi discutido internamente. Hoje, como funciona? Não é obrigatório. Como funciona uma campanha de vacinação? Você oferta a vacina. Não podemos nem obrigar a vacinação completa para se fazer matrícula nas escolas. Por lei não é permitido. A lei proíbe que você condicione a matricula à apresentação de um cartão de vacinação”, explica.

“Existem algumas instituições que precisam caminhar para chegarmos a um ponto de acordo. Em qual situação deve ser obrigatória e em qual não deve ser? Hoje ainda não temos um parecer, nem mesmo nacionalmente”, pontuou.

Por Jornal Opção

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