O Ministério da Saúde liberou neste final de semana os municípios a aplicarem a vacina da Pfizer como substituta para a segunda dose que deveria ser da AstraZeneca. Isso ocorre por causa da escassez do fornecimento de novas doses do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford.
Segundo apuração do UOL, dados indicam risco de faltar a segunda dose da vacina para 3 milhões de pessoas. Em uma nota técnica, o órgão afirma que a troca desses imunizantes é recomendada “em situações de exceção, onde não for possível administrar a segunda dose da vacina com uma vacina do mesmo fabricante, seja por contraindicações específicas ou por ausência daquele imunizante no país”.
O ministério também recomenda a troca de vacinas para grávidas que tomaram a primeira dose da AstraZeneca e devem completar o esquema vacinal com a vacina que não tiver o vetor viral, isto é, a Pfizer ou Coronavac.
A pasta citou alguns estudos na nota técnica. Um deles foi realizado no Reino Unido, que comparou esquemas de vacinação com a aplicação das duas doses da mesma vacina e a mistura entre AstraZeneca e Pfizer com um intervalo de quatro semanas entre as doses.
Os cientistas notaram que as pessoas que receberam doses mistas apresentaram maior probabilidade de desenvolver sintomas leves a moderados com a segunda dose da vacina, incluindo calafrios, fadiga, febre, dor de cabeça, dores nas articulações, mal-estar, dores musculares e no local da injeção, em comparação com aqueles que receberam vacinas da mesma empresa.
No entanto, essas reações foram de curta duração e não foram registrados outros problemas de segurança.
Um estudo dinamarquês mostrou que combinar a vacina da AstraZeneca com uma segunda dose do imunizante da Pfizer (ou da Moderna) proporciona uma “boa proteção”.
Por UOL