Instagram lança Threads, app de textos que vai concorrer com o Twitter

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Com o objetivo de competir com o Twitter, na última quarta-feira (5) o Instagram lançou sua própria rede social de textos curtos, chamada Threads. O aplicativo já está disponível no Brasil e pode ser baixado na Play Store, App Store ou pelo site threads.net. O lançamento foi feito em mais de 100 países, incluindo o Brasil, mas excluindo a União Europeia. A Comissão de Proteção de Dados da Irlanda, que regula questões de privacidade na UE, afirmou que o Instagram não lançará a plataforma dentro do bloco devido à falta de conformidade com a lei europeia de privacidade.

Os usuários podem acessar o Threads usando a mesma conta do Instagram. Com mais de 2 bilhões de usuários na rede social de fotos, a nova plataforma tem a oportunidade de começar com uma base de usuários sólida.

Estima-se que o Twitter tenha cerca de 300 milhões de contas ativas, embora esse número não possa ser verificado desde que Elon Musk comprou a plataforma.

Os usuários do Threads podem publicar textos de até 500 caracteres, o que é 220 caracteres a mais do que o limite do Twitter. O app também permite o compartilhamento de fotos e vídeos de até 5 minutos. Os usuários do Instagram terão a opção de levar seus seguidores e selo de verificação para a nova plataforma.

Informações pessoais

O aplicativo da Meta solicita acesso a informações pessoais, financeiras, dados de saúde e condicionamento físico, bem como mensagens de outros aplicativos. Essas informações não são coletadas pelos concorrentes, como o Twitter.

Segundo Bruno Bioni, diretor fundador do Data Privacy Brasil, o acesso a dados financeiros e de saúde em redes sociais pode ser excessivo e requer uma justificativa proporcional para seu uso.

A Meta afirma que utilizará esses dados para análises, funcionamento do aplicativo, prevenção de fraudes e gerenciamento de contas. No entanto, Bioni considera essas alegações vagas.

Ele ressalta que uma postura regulatória mais rígida por parte da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) só seria adotada em caso de violação grave sem evidências de boa-fé por parte da empresa regulada.

A Folha de São Paulo tentou entrar em contato com a ANPD por WhatsApp e telefone desde terça-feira (4), mas não obteve resposta.

Por Folha São Paulo

 

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