Mais de 90% das crianças até 10 anos tem telefone celular em Goiás

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Estado registra segundo maior percentual na faixa etária, atrás apenas do Distrito Federal

O percentual de pessoas que tem telefone móvel para uso pessoal na população de 10 anos ou mais de idade em 2022 foi de 91,2% em Goiás. O estado é o segundo maior em percentual de posse por morador, atrás apenas do Distrito Federal (94,3%). Os dados são da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O grupo etário em que a posse de telefone móvel é mais frequente é o de 30 a 39 anos (97,3%) e a menor frequência é a do grupo de 10 a 13 anos (60,4%). Entre os idosos de 60 anos ou mais, 81,8% tinham celular, o segundo menor percentual entre as faixas de idade.

Entre os motivos alegados pelos entrevistados para não terem telefone móvel celular de uso pessoal, em Goiás, quatro se destacaram: não saber usar telefone móvel celular (25,5%), o alto custo do aparelho (24,2%), falta de interesse ou necessidade em ter telefone móvel celular (20,9%) e costume de usar telefone móvel celular de outra pessoa (11,2%).

Precauções

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) faz algumas recomendações sobre o uso de celulares por crianças e adolescentes. O tempo de uso diário de tecnologia digital deve ser limitado e proporcional às idades e às etapas do desenvolvimento das crianças e adolescentes.

Além disso, pais e cuidadores devem desencorajar, evitar e até proibir a exposição passiva em frente às telas digitais, com exposição aos conteúdos inapropriados de filmes e vídeos, para crianças com menos de 2 anos, principalmente, durante as horas das refeições ou 1 a 2 horas antes de dormir. A manutenção da saúde do sono em horário adequado para cada faixa etária, bem como o número de horas, contribui para o descanso e para a produção de hormônios, de maneira fisiológica.

A SBP recomenda ainda a priorização de uma alimentação regular e com horários para café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar, bem como atenção para qualidade não só nutricional, mas sem excesso calórico. Além de tempo para que crianças e adolescentes façam alguma atividade física regular, exercícios ou brincadeiras com movimentos ativos.

De acordo com a SBP, a dependência digital e o excesso da exposição aos recursos tecnológicos podem levar a problemas como:

  • Danos à saúde mental: irritabilidade, ansiedade e depressão;
  • transtornos do déficit de atenção e hiperatividade;
  • distúrbios do sono;
  • transtornos de alimentação, como sobrepeso ou obesidade e anorexia ou bulimia
  • sedentarismo e falta da prática de exercícios;
  • bullying e cyberbullying;
  • problemas visuais, miopia e síndrome visual do computador;
  • problemas auditivos, como perda auditiva induzida pelo ruído,
  • e transtornos posturais.
Por Jornal Opção

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