De acordo com policial, adolescente de 16 anos pretendia matar ao menos 50 pessoas. Na casa dele, agentes encontraram um planejamento detalhado
Um adolescente, 16, foi conduzido à delegacia na manhã de quarta-feira (17) depois de confessar à Polícia Militar (PM) que planejava realizar um atentado com armas de fogo na escola que frequenta em Uruaçu, Norte de Goiás. De acordo com a corporação, o garoto esperava utilizar duas espingardas e um revólver calibre 38, mantidos ilegalmente pelo pai dele, para cometer pelo menos 50 homicídios.
O homem, que confessou possuir o armamento, foi autuado por posse ilegal de arma de fogo e munições. O rapaz, por outro lado, foi liberado depois de prestar esclarecimentos, mas os relatos do jovem foram remetidos ao Ministério Público, que deverá avaliar quais medidas deverão ser adotadas no caso.
A polícia chegou ao rapaz por meio de uma denúncia da comunidade escolar. Os relatos eram de que o jovem publicava ameaças em grupos de estudantes nas redes sociais. Em princípio, PMs tentaram realizar a abordagem na casa onde o adolescente morava com a mãe e a avó. No entanto, ao chegarem, foram informados de que ele havia saído para buscar a irmã mais nova no colégio.
Lá, os agentes obtiveram a confissão. “Ele foi frio, disse que realizaria o ataque e que apenas estava decidindo se cometeria suicídio ou iniciaria um confronto com a polícia após o ataque. Esperava matar 50 pessoas para que este se tornasse o maior atentado do país”, revela o Tenente Alberto Condez.
Na casa do rapaz, policiais ainda encontraram um planejamento com as etapas e materiais que seriam utilizados no atentado. “Estava escrito no papel 60 balas por arma, mirar na cabeça, finalização com faca, iniciar pelos servidores e finalizar com os alunos. Ele também escreveu que usaria gasolina para incendiar o colégio quando a polícia chegasse”, explica Condez, da PM.
De acordo com o policial, os pais do garoto ficaram surpresos com a notícia de que seu filho planejava um ataque. Porém, a PM apurou que dias antes da abordagem, a mãe do adolescente havia sido convocada na escola para conversar sobre ameaças que o adolescente publicava nas redes sociais. Na época, conforme expõe a PM, o rapaz alegou que era tudo uma brincadeira.
Apesar dos esforços, o Mais Goiás não conseguiu contato com o delegado responsável pelo caso. Este portal também tenta contatar o Ministério Público sobre o assunto.
Por Mais Goiás