Presidente do TSE disse que operações da PRF atrasaram ida de eleitores às urnas, mas não impediram. “Não houve prejuízo ao direito de voto”
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, negou qualquer possibilidade de adiar o encerramento ou ampliar o horário de votação no segundo turno, neste domingo (30/10). Foi uma resposta do magistrado a pedidos e questionamentos que estão sendo feitos nas redes sociais após pipocarem relatos de operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que atrapalharam a ida de eleitores a locais de votação, sobretudo no Nordeste.
“Não haverá adiamento. A votação termina às 17h. Não há necessidade de superlativar essa questão [da PRF]”, disse Moraes, em entrevista coletiva na sede do TSE neste domingo, faltando menos de duas horas para o encerramento da votação.
Moraes atendeu a imprensa após receber o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, que foi intimado a prestar esclarecimentos com urgência neste domingo.
“O diretor da PRF esteve aqui, disse que foram feitas vistorias em ônibus com base no Código de Trânsito Brasileiro. Disse que as inspeções duraram de 15 a 20 minutos no máximo”, afirmou Moraes. “O prejuízo que causou aos eleitores foi o atraso durante aquela inspeção. Nenhum ônibus voltou para a origem. Não houve nenhum prejuízo ao exercício do direito de voto”, completou ele.
O presidente do TSE afirmou que a questão foi “preocupação de inúmeros parlamentares” e disse que conversou, por exemplo, com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Por fim, Moraes disse que, apesar de aparentemente não terem atrapalhado a votação, as denúncias serão investigadas.
As denúncias
Este segundo turno está sendo marcado por denúncias de eleitores de que operações e blitze da PRF estão dificultando o deslocamento de eleitores, sobretudo no Nordeste. Mais cedo, neste domingo (30/10), o ministro Alexandre de Moraes, cobrou explicações da PRF.