Ex-diretor-geral da PRF foi preso em agosto por suspeita de interferência no processo eleitoral
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, negou pedido de revogação de prisão preventiva ao ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques. A decisão está sob sigilo e é do último dia 17 de dezembro, mas foi divulgada pelo O Globo.
Na pedido, os advogados de Vasques afirmaram que o ex-diretor-geral da PRF não oferece riscos às investigações (por ser aposentado), além de passar por alguns problemas de saúde. Moraes, contudo, disse no despacho que seguem presentes os requisitos da prisão.
Silvinei foi preso em agosto do ano passado por suspeita de interferência no processo eleitoral. Ele teria realizado blitzes, por meio da PRF, para dificultar a circulação de eleitores durante o segundo turno das eleições, a fim de favorecer o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A prisão ocorreu no âmbito de investigação da Polícia Federal sobre a obstrução de rodovias, sobretudo no Nordeste, e foi autorizada por Alexandre de Moraes. A decisão considerou que ele poderia comprometer a apuração dos fatos.
Vale citar, em novembro de 2022 a Justiça Federal do Rio de Janeiro atendeu a um pedido do Ministério Público Federal (MPF) e tornou Silvinei réu por improbidade administrativa. De acordo com a denúncia do MPF, a conduta do diretor da PRF contribuiu para “o confronto instaurado durante o deslocamento de eleitores no dia do segundo turno das eleições e após divulgação do resultado”.
Por Mais Goiás