Papa Francisco usa termo homofóbico e diz que existe ‘viadagem’ nos seminários

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Papa Francisco está no centro de uma controvérsia após comentários feitos em uma reunião fechada com bispos italianos, onde ele utilizou um termo pejorativo para se referir à presença de homossexuais nos seminários da Igreja Católica. A declaração, que ocorreu em 20 de maio, gerou uma onda de críticas e foi amplamente divulgada pela imprensa italiana.

De acordo com os jornais La Repubblica e Corriere della Sera, o pontífice usou a palavra “frociaggine”, que pode ser traduzida como “viadagem” ou “bichice”, ao afirmar que “já existe muita viadagem nos seminários”.

A fala, considerada ofensiva pela comunidade LGBT, foi recebida com “risadas de incredulidade” pelos mais de 200 bispos presentes na reunião.

Alguns bispos argumentaram que o Papa Francisco, sendo argentino, talvez não tenha compreendido plenamente o peso pejorativo do termo em italiano. Segundo fontes, o pontífice reforçou que pessoas abertamente homossexuais não deveriam ser aceitas para o sacerdócio, a menos que demonstrem um compromisso sério com a castidade.

Essa posição não é nova dentro da Igreja Católica. Desde 2005, o Vaticano mantém uma orientação que impede a admissão de indivíduos que praticam a homossexualidade ou que possuem “tendências profundamente enraizadas”. Para serem aceitos, candidatos ao sacerdócio devem mostrar que superaram essas tendências há pelo menos três anos.

Apesar da utilização de um termo considerado depreciativo, o Papa Francisco já se posicionou anteriormente em defesa da inclusão de pessoas LGBT na Igreja.

Em janeiro de 2024, ele apoiou a histórica decisão do Vaticano de aprovar bênçãos para casais em “uniões irregulares” e afirmou que a Igreja deve “pegar os homossexuais pela mão” em vez de condená-los.

Por O Hoje

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