O motivo do crime seriam desavenças que a vítima teria com dois suspeitos; um segue foragido
A Polícia Civil prendeu Salatiel Marinho, de 49 anos, como um dos suspeitos de matar José Ananias Ferreira, de 62. A vítima ficou conhecida em Goiânia por criar mais de 15 cães e gatos enquanto morava embaixo de uma ponte, no Setor Campinas. Após ser beneficiado pela Prefeitura, Ananias deixou de ser sem-teto quando ganhou um terreno no chamado Morro do Mendanha, propriedade que pode ter relação com seu assassinato. A vítima foi morta dois homens na noite do último domingo (10).
Salatiel e um segundo suspeito do homicídio, conhecido como Joseli, teriam abordado Ananias em uma rua próxima de onde ele dormia, no Jardim Petrópolis. A vítima foi morta a golpes de facão, segundo as investigações, em razão de desavenças relacionadas à ocupação do lote de José.
“Em relação ao Joseli, que está foragido, a gente soube que a vítima permtiu que ele construísse um barraco em seu lote. Quando o local começou a ser frequentado por usuários de drogas, Ananias pediu que Joseli desocupasse o lugar, o que causou revolta. Ele se sentiu lesado por ter prejuízo dos investimentos que havia feito na construção do seu barraco”, explicou a polícia, em nota.
Já a desavença com Salatiel, que está preso, teria sido criada por conta de uma ligação que fornecia água para os imóveis da localidade. Por esses motivos, a polícia acredita que Joseli e Salatiel se uniram e mataram a vítima. Ambos devem responder por homicídio duplamente qualificado.
A divulgação da imagem e identificação dos dois suspeitos está respaldada nos termos da Lei nº 13.869 e Portaria nº 547/2021- PC e Despacho do Delegado de Polícia responsável pela investigação, visando à obtenção de novas provas esclarecedoras do fato.
Animais protegiam corpo de José Ananias
A história de Ananias ficou conhecida em Goiânia e comoveu centenas de pessoas, especialmente pela relação do idoso com os animais. Foi justamente a comoção em torno da história dele que o ajudou a ganhar o terreno da Prefeitura da capital.
Depois de sua morte, no momento da retirada do corpo do local, a polícia teve que acionar o Corpo de Bombeiros pois os cachorros da vítima não permitiam que os policiais se aproximassem do corpo.
Por Mais Goiás