Monitoramento da Secretaria Estadual de Saúde leva em consideração seis indicadores, como a taxa de contágio. Estado está com 96% das UTIs ocupadas.
Todas as 18 regiões de Goiás estão em situação de calamidade por causa da alta disseminação do coronavírus, conforme aponta o mapa do governo estadual nesta quinta-feira (1º). É a primeira vez que todo o estado entrou na cor vermelha, que representa o pior nível da pandemia.
O monitoramento da Secretaria Estadual de Saúde (SES) leva em consideração seis indicadores. Na cor vermelha, a taxa de contágio está acima de 1, ou seja, 100 infectados transmitem o coronavírus para, pelo menos, 100 pessoas.
A taxa de ocupação das UTIs para Covid-19 passou 85% em toda a rede hospitalar do estado. Até o levantamento passado, 17 regiões estavam em vermelho e uma em laranja.
Nesta quinta-feira, o governo goiano contabilizou 126 mortes e 1.671 casos positivos de coronavírus em 24h, segundo o boletim da SES. Os dados revelam que 486.949 moradores se contaminaram e 11.712 morreram desde o início da pandemia.
A rede hospitalar estadual está com 96% dos 525 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ocupados. Já 76% das 701 vagas de enfermaria disponibilizadas para pacientes com Covid-19 estão ocupadas.
Em Goiânia, das 300 vagas de UTI, 95% estão ocupadas. O índice na enfermaria, que tem 218 leitos, é de 97%.
O mês de março deste ano acabou como o pior mês da pandemia: foram 98 mortes e mais de 2,8 mil casos de Covid-19 por dia em Goiás. Ao todo, o mês registrou 88.503 moradores contaminados e 3.401 óbitos.
Um levantamento sobre o andamento da vacinação, realizado pela SES, aponta que foram aplicadas 487.180 doses das vacinas contra a Covid-19 em todo o estado. Em relação à segunda dose, foram vacinadas 127.146 pessoas.
Colapso na rede hospitalar
O governador Ronaldo Caiado (DEM) falou na quarta-feira que existe, neste momento, uma escassez de equipes de saúde para trabalhar em hospitais e, dentro deles, mais da metade dos pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva morrem.
“Essa é uma realidade que as pessoas têm que entender. Não é só a abertura do leito. Nós estamos abrindo leito, mas as equipes especializadas na pandemia estão há um ano enfrentando um ambiente de altíssimo risco. Eles vêem os pacientes internados e intubados, 80% deles evoluindo a óbito. As pessoas têm que ter responsabilidade com a pandemia”, ponderou o governador.
Por G1
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