O empresário Eike Batista deve ter seu nome incluído na chamada “lista vermelha” da Interpol (polícia internacional) a pedido da Polícia Federal, que passou a considerá-lo foragido internacional após ele ter tido a sua prisão preventiva decretada pela Justiça em razão da Operação Eficiência desencadeada nesta quinta-feira no Rio.
Segundo seu advogado, Fernando Martins, Eike está em Nova York, nos Estados Unidos, onde participa de reuniões de negócio e que vai se apresentar o mais rápido possível. “Estamos em contato com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, e a intenção dele é cooperar com esses órgãos, como sempre cooperou, e retornar o mais rápido possível”, disse o advogado.
A Justiça expediu mandado de prisão preventiva contra Eike e mais oito pessoas acusadas de desvio de dinheiro de obras públicas, corrupção ativa e passiva e organização criminosa. Entre as prisões está a do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), que já se encontra detido em Bangu, no Rio. Policiais cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do empresário.
A defesa de Eike não se posicionou sobre as acusações que motivaram o pedido de prisão. O advogado também afirmou que os documentos estão sendo analisados e que um posicionamento deve ser emitido por meio de nota até o fim do dia.
A “lista vermelha” da Interpol é integrada por pessoas procuradas em razão de decisões judiciais ou investigações criminais conduzidas por qualquer um dos cerca de 200 países que formam a organização. Há ainda uma ‘lista amarela”, que reúne pessoas desaparecidas.
O brasileiro mais célebre já incluído na lista da Interpol foi Paulo Maluf, em 2005, após ter sido condenado na Justiça da França por lavagem de dinheiro – ele não aparece mais entre os procurados.
Por Veja.com