Prisão de João de Deus Completa 1 ano…

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Há exatos 365 dias, uma figura internacionalmente conhecida em tratamento espiritual foi presa após ser envolvida em um dos maiores escândalos sexuais da história do Brasil. João Teixeira de Faria, o João de Deus, foi acusado, por centenas de mulheres, de ter cometido abusos sexuais. Desde então, João de Deus foi condenado por posse de arma de fogo e também tornou-se investigado por vendas de pedras falsas e até por tráfico internacional de crianças. Internado três vezes por problemas de saúde ao longo de 2019, ele teve ao menos nove habeas corpus negados e uma desistência de pedido. Vários processos seguem em segredo de Justiça. Os abusos sexuais teriam acontecido desde 1976. Até o momento, 319 pessoas procuraram o Ministério Público de Goiás (MP-GO) para se declararem vítimas do médium. Dos casos-crime relatados, 87 já prescreveram, enquanto 57 estão no Judiciário. Com isso, 11 denúncias – que aglutinam relatos de várias vítimas declaradas – foram formalizadas. O médium nega os crimes e, enquanto permanece preso, reafirma fazer milagres e ainda continua lucrar com o turismo religioso. Segundo a Revista Istoé, a Casa Dom Inácio continua ganhando cerca de R$ 15 milhões por mês. Visitantes vem principalmente da Europa, África e Oceania.

IMPACTO ECONÔMICO
Em diversas entrevistas, João de Deus alegou ter desenvolvido a mediunidade aos nove anos de idade. Nascido em Cachoeira de Goiás, em 24 de junho de 1942, ele só fundou a casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia em 1976. Desde então, o espaço foi frequentado por diversas personalidades nacionais e internacionais. A maior delas, sem dúvidas, foi a apresentadora norte-americana, Oprah Winfrey, que gravou uma entrevista com o líder religioso. À despeito do dinheiro que a casa Dom Inácio arrecadava, comércios e pousadas se firmaram na região para atender a grande demanda dos fiéis que visitavam a cidade em razão da fama internacional dos milagres espirituais. Com o escândalo escancarado em 16 de dezembro de 2018, a economia da cidade passou a degringolar, o que também resultou no fechamento de negócios. Levantamento feito pelo Sistema S apontou que o faturamento mensal de estabelecimentos comerciais de Abadiânia caiu 38%.

Por Mais Goiás

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