Mulher informou á polícia que João Bueno não aceitou o término do casamento há mais de um ano e, desde então, tem perseguido ela e um filho. Suspeito é procurado pela polícia.
O suplente de vereador João Bueno Moraes, de 55 anos, é suspeito de atirar ao menos cinco vezes contra o portão da ex-mulher ao vê-la entrando em casa com o atual namorado, em Iporá, (veja acima). Após o crime, João não foi mais visto e está sendo convocado pela Polícia Civil (PC) a prestar depoimento sobre o caso. O suspeito está desaparecido há uma semana.
Ele ainda não é considerado foragido, pois não há um mandado de prisão expedido contra ele, mas a Polícia Militar (PM) o procura para depor sobre o caso na Polícia Civil. O g1 não conseguiu localizar a defesa do suspeito até a última atualização desta reportagem. A reportagem também tentou contato com o partido pela qual o suplente foi candidato, para obter um posicionamento, e aguarda resposta.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Igor Dalmy, João pode responder por feminicídio tentado contra a ex-mulher, homicídio qualificado tentado contra o atual companheiro da ex e porte ilegal de arma de fogo.
O caso aconteceu no último sábado (25). De acordo com o depoimento da ex-mulher, ela chegou em casa com o namorado e percebeu o carro do ex-marido nas proximidades. Ele estaria com uma arma e um machado nas mãos, por isso, ela e o atual companheiro correram para dentro da casa e seguraram o portão.
No momento em que entraram, o ex teria atirado aproximadamente cinco vezes contra o portão e, por sorte, os disparos não atingiram ninguém.
A mulher informou que João Bueno não aceitou o término do casamento há mais de um ano e, desde então, tem perseguido ela e um filho, conforme foi revelado pelo delegado. Ela relatou para o investigador que o ex tem estacionado o carro perto da casa onde ela mora para ficar a observando.
O casal está com o divórcio em andamento e têm dois filhos adultos.
Relacionamento
Não há denuncias de violência doméstica contra João Bueno, durante o período de relacionamento do casal, conforme a PC. “Eles não deram certo mesmo, aí ele se mudou para outra casa e ele chamou ela para ir junto, mas como ela queria separar, aproveitou a oportunidade para morar sozinha e pedir o divórcio” informou o delegado com base no depoimento dela.
O suspeito também não tem qualquer outro tipo de passagem criminal, conforme o delegado.
Investigação
Um celular encontrado dentro do carro do suspeito e o machado foram apreendidos para investigação. A Polícia Civil aguarda também um laudo da perícia feita na cena do crime que deve ficar pronto ainda em dezembro.
“Nós vamos ouvir também testemunhas sobre o histórico de perseguição contra a ex-esposa e aguardar o laudo pericial. Vamos ouvir conhecidos, vizinhos e os filhos da vítima” adianta o delegado.
Por G1