Conforme delegado, ele chegou a fazer empréstimo de R$ 14 mil e sacou outros R$ 26 mil de mais duas contas bancárias. Fraude foi descoberta por investigação da Polícia Civil.
O homem preso suspeito de forjar o sequestro da mãe não conseguiu os R$ 50 mil de reembolso do seguro para pagamento do suposto resgate, em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia. De acordo com a Polícia Civil, ele ficou endividado porque sacou R$ 26 mil de duas contas, entrando em cheque especial, e fez empréstimo de R$ 14 mil, mas não chegou a ser reembolsado porque foi descoberto que o crime não existiu. Durante todo o tempo a mãe dele passava bem e estava em casa, segura.
O G1 tenta identificar a defesa do preso para pedir um posicionamento sobre o caso.
“Primeira coisa que chamou atenção foi que um crime grave dessa natureza, um sequestro de um parente próximo como a mãe, ele registrou apenas no site da Polícia Civil e não procurar a Deic aqui ou mesmo uma delegacia próxima”, detalhou o delegado Thiago Martimiano.
Ainda conforme o delegado, o crime teria ocorrido no último dia 7 de abril e que fez os saques durante a semana, mas não foi à Policia Civil por medo. O caso foi registrado pelo investigado através do site da corporação na última quinta-feira (11) e foi quando ele pediu a restituição dos R$ 50 mil para o banco.
Para “provar” que houve o sequestro, o investigado mostrou à Polícia Civil imagens de conversas que seriam entre ele próprio e os supostos sequestradores. No entanto, apesar de afirmar que a troca de mensagens ocorreu pelo celular da mãe, as imagens mostravam outro número, que era de um contato não salvo na agenda do preso.
Ainda nas imagens é possível ver quando o investigado se confunde e começa a fazer ameaças pelo telefone que seria dele próprio. Na conversa, a “vítima” passa a falar como “sequestrador” (confira abaixo).
“Os prints da conversa com os supostos sequestradores, ele juntou na ocorrência e, em determinado momento ele se confunde. Ele vem conversando como se fosse a vítima e passa a conversar como se fosse o sequestrador no mesmo celular”, completou o delegado.
O suspeito foi preso por tentativa de estelionato em Trindade na sexta-feira (12), um dia depois de registrar o crime pela internet e tentar ressarcimento do banco.
Conforme a Polícia Civil, o mesmo homem é suspeito de usar o site da corporação para registrar furtos e roubos falsos também no intuito de receber valores do seguro. Ele teria conseguido R$ 3 mil de reembolso em outras situações em que denunciou crimes que não aconteceram.
Por G1