Após decisão judicial, empresário acusado de matar a mulher grávida em Ivolândia é preso novamente e irá a júri popular…

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Juiz determinou nova detenção de Horácio Neto e que ele seja julgado pela morte de Vanessa Camargo. Defesa do réu sempre alegou que gestante foi assassinada durante

Decisão da Justiça expedida nesta segunda-feira (20) resultou em nova prisão do empresário Horácio Rozendo de Araújo Neto, de 35 anos, acusado de matar a mulher, a representante comercial Vanessa Camargo, de 28, grávida de 3 meses. No mesmo despacho, o juiz Wander Soares Fonseca, que assina o documento, determinou que ele vá a júri popular pelo crime.

O crime foi cometido em Ivolândia, região central de Goiás há mais de um ano. A defesa do réu sempre negou autoria e alegou que ela foi assassinada durante um assalto. O G1 tentou contato com o advogado Palmestron Cabral, que representa o empresário, mas as ligações não foram atendidas até a publicação desta reportagem.

De acordo com o delegado Ramom Queiroz, que coordenou a investigação, disse que Horário foi preso pela Polícia Militar, em casa, por volta das 11h, e não ofereceu resistência. Ele foi encaminhado para o Presídio de Iporá, também na região central, onde reside.

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Vanessa foi baleada na frente do filho, de 2 anos; ela estava no 3º mês de gestação (Foto: Reprodução/Facebook)

Vanessa foi morta no dia 31 de julho de 2017, em uma estrada vicinal da cidade. Na ocasião, o empresário disse que viajava de carro com a mulher e o filho do casal, de 2 anos, quando foram abordados por dois homens em uma moto. O esposo, que dirigia o veículo, parou e um dos suspeitos assumiu a direção.

Horácio disse em depoimento que a vítima discutiu com o rapaz e levou um tiro na cabeça e reforçou a tese durante a reconstituição do crime.

Primeira prisão

Horácio foi preso pela primeira vez no dia 6 de setembro do ano passado, mais de um mês após a morte da esposa. No entanto, expirado o prazo da prisão temporária, ele foi solto no dia 5 de outubro, após a Justiça indeferir os pedidos de prorrogação e conversão para preventiva feitos pela Polícia Civil e pelo MP. Desde então, ele respondia ao processo em liberdade.

Na ocasião da soltura, a mãe de Vanessa, a pecuarista Nilva Camargo Soares, 49, ficou revoltada. Ela disse que, por conta da decisão, temia pela segurança de toda a família da vítima, principalmente do filho pequeno.

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Vítima foi encontrada já morta dentro do carro da família (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

“Estou com muito medo por mim e pelo meu neto. Ele é uma pessoa muito fria e perigosa, que não pode ficar solto. Tenho medo que ele venha atrás da gente. Ele matou a esposa grávida depois de passar o domingo inteiro na minha casa, na frente do filhinho deles. Ele planejou tudo. Estou arrasada, eu quero Justiça”, lamentou.

Investigação

O delegado Ramon Queiroz, responsável pelo caso e que indiciou o empresário, disse que, apesar da negativa de Horácio, várias provas apontam que o empresário, de fato, cometeu o crime.

“A versão dele desde o início apresentava várias incoerências. Os laudos periciais e depoimentos de testemunhas corroboram que não havia outra pessoa na cena do crime e que ele pode ser o responsável”, disse ao G1 na época.

Ele afirmou ainda que dados do GPS dos celulares do casal também reforçam a tese da corporação. A motivação, conforme as investigações, seria o fato de que Vanessa tinha interesse em se separar e por Horácio não querer dividir o patrimônio em um provável divórcio.

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Mãe de Vanessa, Nilva Soares se emociona ao rever foto com a filha (Foto: Murillo Velasco/G1)

Por G1

 

 

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