Explore o relato emocionante do jornalista que percorreu as ruas alagadas de Porto Alegre
O repórter Rodrigo Lopes, o repórter fotográfico André Ávila, o jornalista Carlos Etchichury e o professor Demétrio Luis Guadagnin navegaram pelo Centro Histórico de Porto Alegre e falaram sobre as cenas de destruição que foram vistas. A equipe realizou o trajeto pelas ruas da cidade de bote a remo, segundo Lopes, o momento foi um “tour do terror”.
O repórter relata que estava acostumado a registrar imagens de refugiados da guerra no Oriente Médio, na Ucrânia. Porém, as cenas de sofrimento da população e os cartões-postais da cidade devastados fizeram com que o jornalista tremesse diante da triste situação.
Na ocasião, grandes nomes da cultura gaúcha estavam submersos, a Praça da Alfândega estava engolida pelo Guaíba e a altura da água já possibilitava que eles apenas esticassem os braços para alcançar o ponto mais alto das paradas de ônibus.
O cheiro de frutas frescas e comida boa do Mercado de Porto Alegre deu lugar ao odor podre de peixes e outros alimentos estragados. Ao adentrar no Largo Glênio Peres, notaram o silêncio sepulcral e conforme percorriam o trajeto, precisavam ser cuidadosos para desviar dos objetos submersos.
Os ratos tomaram conta de alguns lugares que anteriormente eram ocupados pela população e durante o tour, frases comemorativas como “Porto Alegre, 252 anos” contrastam com a cena de destruição da cidade. O relato emocionante do repórter é capaz de mexer com os sentimentos qualquer ser humano, uma vez que ao narrar o resgate de moradores, relata a dor daqueles que perderam seus lares e animais de estimação para a terrível enchente que assola o Rio Grande do Sul.
Por O Hoje