Russos entram em Kiev; Ucrânia encoraja moradores a atacarem

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Kiev, capital da Ucrânia e lar de 3 milhões de habitantes, amanheceu nesta sexta-feira (25/2) sob o som de sirenes alertando para ataques iminentes e calculando os danos causados pelas primeiras investidas das forças militares invasoras da Rússia.

Os russos conseguiram entrar, por terra, na Região Metropolitana de Kiev, por volta de meio-dia (horário da Ucrânia – nesta manhã, no horário de Brasília).

De acordo com o Ministério da Defesa ucraniano, militares russos se posicionaram no distrito residencial de Obolon, em Kiev. Pelo Twitter, o governo encorajou moradores a fazerem coquetéis molotov para atacar o “inimigo”. “Moradores pacíficos: tomem cuidado. Não saiam de casa!”, diz o comunicado.

A mídia ucraniana informou, no início do dia (no fuso horário, o país está cinco horas à frente do Brasil), que tropas e tanques russos se aproximaram de Kiev para iniciar o ataque por terra. Na tentativa de atrasá-los, as forças de defesa ucranianas resolveram explodir uma ponte sobre o rio Teteriv, no caminho para a capital.

O Narodna Pravda noticiou que as Forças Armadas estariam incitando cidadãos ucranianos a bloquear os equipamentos militares russos nas ruas, bem como denunciar os sinais de trânsito deixados pelos ocupantes.

“Se você vir equipamentos militares russos e russos nas ruas de suas cidades e ruas – bloqueie seu movimento. Vá para as ruas com bandeiras ucranianas, filme os ocupantes russos nas câmeras de seus telefones. Deixe-os saber que eles não são esperados aqui, que absolutamente todos vão resistir a eles. Mostre-lhes que eles não são libertadores, mas ocupantes de uma terra estrangeira. Importante! Não se aproxime dos locais onde os militares ucranianos já estão lutando contra eles, para não interferir no trabalho deles”, disse o comunicado.

O Ministério da Defesa da Ucrânia também anunciou que conseguiu interceptar dois ataques aéreos russos à capital do país nesta madrugada.

Guerra em Kiev

Destroços de um avião militar atingiram prédios residenciais na cidade durante a noite. As autoridades ucranianas informaram que se tratava de uma aeronave russa que havia sido atingida, mas observadores internacionais levantam a possibilidade de ter sido um veículo aéreo das próprias forças da Ucrânia que teria, na verdade, sido derrubado por um míssil russo.

Um assessor do Ministério do Interior ucraniano, Anton Gerashenko, disse à imprensa local que “o dia mais difícil será hoje [sexta]. O plano do inimigo é romper com tanques [as defesas das cidades] de Ivankiv e Chernihiv e ir a Kiev”.

Resistência ucraniana

O Ministério da Defesa da Ucrânia também informou, no início desta sexta-feira (25/2), que teria matado mais de 800 militares russos na tentativa de reação à invasão.

A vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Maliar, declarou ainda que as forças armadas do país teriam abatido sete aviões militares, seis helicópteros, 130 veículos blindados de combate e mais de 30 tanques.

Não é possível, neste momento, confirmar de maneira independente as informações do governo ucraniano.

Por Metrópoles

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