Segundo delegado, ex-caseiro agiu junto com a mulher e o irmão com o intuito de cobrar valores por suposto acerto trabalhista não quitado. Casal teve pescoços cortados
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A Polícia Civil acredita que as três pessoas presas suspeitas de matar o criador de cavalos Leandro Canedo dos Santos, de 78 anos, e a mulher dele, Darci Prado Canedo Guimarães dos Santos, de 76, cometeram o crime com o intuito de roubar os bens das vítimas. Um dos envolvidos, que trabalhava para os idosos, alegou que não havia recebido valores do acerto trabalhista, o que não está confirmado. O casal foi encontrado morto na fazenda onde morava, em Campo Limpo de Goiás, região central do estado.
O delegado que fez o flagrante, Cleiton Lobo, disse que se surpreendeu com a crueldade do crime. De acordo com ele, após serem esfaqueadas, as vítimas tiveram os pescoços cortados.
Os suspeitos foram presos na madrugada desta quinta-feira (8). Trata-se de Milton Isturário Vieira, ex-caseiro da propriedade, a mulher dele, Rosane Patrícia Rodrigues, além do irmão, Ademilson Isturário Barbosa. A polícia afirmou que eles ainda não têm advogado constituído.
Em depoimento, Ademilson e Rosane confessaram a participação no crime e como eles foi realizado. Já Milton, que trabalhou cerca de seis meses para as vítimas e foi demitido há cerca de uma semana, disse que apenas roubou o carro das vítimas, versão na qual a polícia não vê fundamento.
“O objetivo era obter os bens da vítima. O casal de suspeitos alega que o Leandro tinha uma dívida trabalhista com eles, o que não foi comprovado. Ele fala em R$ 3 mil, e ela, em R$ 1,1 mil. Aí, ao invés de procurar a justiça trabalhista, eles acharam por bem que tinham o direito de levar os bens da vítima para cobrir o prejuízo”, disse o delegado ao G1.
Por Sílvio Túlio, G1 GO