O Estado de Goiás vive, pela primeira vez, uma situação de emergência por alto índice de casos de dengue e chikungunya simultaneamente, sendo a região Sudoeste a mais afetada. Conforme o secretário de Saúde, Rasível Júnior, a pasta aguarda as últimas notificações dos municípios para verificar se será decretado estado de epidemia pelas doenças no território goiano.
Conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), o Estado registrou 11.643 casos de dengue nas três primeiras semanas de janeiro. Deste total, cerca de 30% correspondem ao sorotipo 2 da doença, subtipo relacionado a infecções mais graves, principalmente em crianças e adolescentes.
Além disso, Goiás contabilizou aumento no número de internações por dengue, foram 445 solicitações entre 1º e 31 de janeiro, sendo o último dia com maior registro, 36. Uma morte em decorrência da doença foi registrada no mesmo período. Trata-se de um homem de 31 anos, que residia no município de Uruaçu.
De acordo com o secretário, o Estado apresenta uma curva no alto índice de casos que se assemelha ao registrado em 2022, segundo ele, pior ano da série histórica da doença em Goiás. “É necessário que todos se mobilizem para o combate da doença. Desta vez, temos ainda o agravante do sorotipo 2. Mesmo com a chegada da vacina a população não deve relaxar, até porque o número de doses será muito limitado neste primeiro momento”, disse.
Já em relação a chikungunya, foram 737 casos confirmados nas primeiras semanas de janeiro. Há ainda 924 casos notificados para investigação. Nenhuma morte em decorrência da doença foi registrada.
Para a Superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, a maioria dos criadouros do mosquito Aedes aegypti são encontrados em domicílios. “10 minutinhos que uma pessoa tira para verificar se há recipientes com água parada no quintal de casa, faz toda a diferença. É importante que cada um faça a sua parte para que possamos combater essas doenças, afirma. “Aqueles que estão com sintomas, como febre e dor de cabeça, a recomendação é que inicie hidratação imediatamente e procure a unidade de saúde mais próxima”, ressalta.
Por A redação